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Pela lente do outro
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Pela lente do outro

Em paralelo a autorretratos - que vêm surgindo por conta do isolamento das pessoas em casa -, alguns fotógrafos aderem à fotos e ensaios virtuais como nova modalidade da fotografia em tempos de crise
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O refúgio de Marissa Pimenta (Foto: Camila de Almeida/Divulgação)
Foto: Camila de Almeida/Divulgação O refúgio de Marissa Pimenta

Quando o isolamento social passou a ser realidade, muitos trabalhos foram afetados, direta ou indiretamente. A fotografia não ficou imune. Fazer fotos de pessoas sem elas por perto. Quem já se viu? Talvez não tanto como agora. Enquanto o mais seguro até o momento, que é proteger vidas ficando em isolamento social, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), fotógrafos ensaiam novas de formas de produzir imageticamente, com cliques por chamada de vídeo, seja pelo FaceTime, seja pelo Zoom e ou demais ambientes online.
Um dos primeiros trabalhos a chamar atenção nessa linha, na cidade, foi o da fotógrafa Camila de Almeida, de 29 anos. "De longe, não há o meu equipamento, não há a luz que a gente pode produzir, e por isso mesmo estimula muito a criação porque eu preciso trabalhar a relação que tenho com a pessoa fotografada e o que ela traz para mim", conta da sensação libertadora desde que começou com a iniciativa, inicialmente um projeto, sem cachê envolvido.
Para Camila, principalmente pelo tempo incerto dado à crise que se instaurou em função do novo coronavírus, o mais importante é que é um exercício conjunto. "A fotografia sempre é, mas à distância é mais. Tem ainda um sentimento de gratidão muito grande porque o retrato pode ter uma tendência de deixar a pessoa meio tímida no início e é na conversa que a gente quebra isso. Mas distante, isso leva mais tempo e exige confiança e tranquilidade. Então eu agradeço muito também a essas mulheres que toparam participar", a essência das fotos que tem feito, publicadas no Instagram, evidenciando o feminino.
A ideia de realizar o trabalho, que é mais uma doação de profissional amante das fotos, pelo menos nesta fase, ainda inicial, veio ao observar outros, pelo Brasil e país afora. "É um movimento", diz Camila, que também atua como fotojornalista, sobre a tendência hoje. Aqui no Brasil, quem é a inspira é Jorge Bispo, precursor dos modelos de foto, que parecem revelar algo mais íntimo do que se fosse ao vivo.
"Entendi que a fotografia é muito mais do que a câmera que uso e as técnicas estudadas, isso me faz uma profissional mas há algo muito maior. A fotografia é expressão, comunicação e arte, um pintor é um pintor mesmo sem seus quadros e pincéis, ele se expressa com o que tiver disponível. Os instrumentos são a base de tradução de uma arte que ele já domina. Essa ferramenta me permitiu continuar sendo um fotógrafa de pessoas, mesmo sem poder estar fisicamente ao lado delas. E isso é muito importante", considera Camila.
Aos 24 anos, Luan Martins, cearense, mostra admiração semelhante à fotografia. Nesta quarentena, ele também testa seu o que tem de criativo relevando pessoas por trás das lentes do aparelho celular. "Hoje em dia isso é possível graças à tecnologia, mas ainda assim temos limitações", que ele as enxerga como motivação ao desafio. "São delas que tiramos o aprendizado e percebemos que fotografia está além da câmera e do equipamento, é sobre capturar o momento e isso tem me ensinado bastante a olhar mais esse lado".
As fotos em p&b que agora preenchem seu feed são frutos desse seu lado criativo, em meio à adversidade. "Precisávamos de conteúdo, assim como exercitar nossas funções", explica Luan, da área de fotografia de moda e comercial, como chegou à proposta dos ensaios, após também buscar formas de adaptar seu processo à viabilidade conceito, técnico, mas com história. "Deu bastante certo", comemora com perspectiva de futuro.
"Quando isso passar a fotografia vai ter alguns olhares novos, novas maneiras de driblar certas limitações e de capturar os momentos, dando ideias, inclusive, de novos mercados nesse viés", acredita Luan, preparando-se para o pós. "Acho que depois da pandemia ainda haverão momentos em que precisarei fotografar e as limitações de distância vão estar no caminho, então acho que essa vai ser uma boa maneira de lidar com isso. É um processo divertido e bastante prazeroso", diz pretender incluir registros online por mais tempo.

Convite para ensaio surgiu na troca de comentários no Instagram
Convite para ensaio surgiu na troca de comentários no Instagram

DESEJO MÚTUO

Nas fotos, Liana Barroso, 25, gerente comercial, surge à vontade por Camila de Almeida. As duas se conheceram depois de Liana chamá-la para cobrir uma confraternização da empresa que é dona. De lá para cá, passaram a se esbarrar em festas onde Camila era fotógrafa. "Entre esses encontros sempre tinha um convite informal, que na verdade era um desejo mútuo de fazer um ensaio, mas nunca tinha rolado até agora...", refere-se às fotos, não presencialmente, mas via FaceTime, tiradas pela profissional em casa. "Já vinha acompanhando o que o Jorge Bispo estava fazendo e ela foi a primeira fotógrafa que eu vi fazendo aqui em Fortaleza, daí o convite veio ali mesmo nos comentários". As fotos foram feitos em domingo, enquanto o sol preparava-se para adormecer, em um fim de tarde. Ocorreu como o esperado, só que diferente, segundo Liana. "De toda forma você está arriscando a qualidade do resultado, aproveitar enquadramento, ângulo, luz... fica mais difícil por vídeo chamada", apesar de ser exatamente o que lhe motivou à experiência: "Isso torna o resultado ainda mais surpreendente", diz. "Você vai construindo a imagem junto com o fotógrafo, é um ensaio mas ao mesmo tempo é uma chamada de vídeo informal, a gente vai descobrindo junto como vai ser a próxima foto", conta Liana frente à oportunidade: "Quem está pensando fora da caixinha numa forma de continuar ativo e sendo levados a encontrar coisas novas. Além de tirar um pouco da rotina quem está isolado dentro de casa". Curte o presente, que foram as fotos.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.06.20 Denilson Albano, DJ, conta como está sendo sua experiência profissional em tempos de isolamento social por conta da pandemia do coronavirus (FCO FONTENELE /O POVO)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.06.20 Denilson Albano, DJ, conta como está sendo sua experiência profissional em tempos de isolamento social por conta da pandemia do coronavirus (FCO FONTENELE /O POVO)

Ver com o humano

Carioca de raízes alencarinas, neto de avô nascido no Ceará, Jorge Bispo, de 44 anos, mais da metade entregues à carreira como fotógrafo, coleciona alguns dos retratos mais expressivos do meio artístico. Seu trabalho já foi publicado em diversos meios de comunicação, de revistas, editorias de moda a campanhas publicitárias e exposições. O que ainda restaria para experimentar de novo? Em meio à pandemia, uma forma de dar continuidade ao que ama e faz por prazer. Fotografar pessoas, mesmo que à distância. O resultado ele publica em seu perfil no Instagram, onde ultrapassa os 115 mil seguidores. São fotos de pessoas anônimas, mas íntimas de Bispo - como assina pela autoria de seus registros -, outras, de celebridades. Fábio Assunção, Isis Valverde, Mariana Ximenes, Pitty, Nando Reis. Com cliques via chamada de vídeo, deu início a uma nova era na fotografia no Brasil. Confira papo cedido por áudio ao Vida&Arte:

O POVO: Como tem sido fotografar à distância? Que aprendizados você tira da experiência?
Jorge Bispo: Mais do que qualquer outra coisa, tem sido uma espécie de terapia para mim. Porque é uma maneira de dinamizar um pouco o meu tempo, minha ocupação, já que eu estou em casa já, acho que há mais de dois meses, na verdade. Então é um pouco terapia, um pouco encontrar alguns colegas de trabalho, alguns amigos, mesmo que virtualmente, conversar um pouco sobre isso tudo e também ter, minimamente, contato com o que eu trabalho, com o que eu amo. Pensar um pouquinho imageticamente assim. Chegar perto de algo que seria o meu trabalho. Acho que tem sido um conjunto dessas coisas.

OP: Como surgiu a ideia de, em meio à pandemia, dar continuidade ao trabalho de fotógrafo?
Bispo: Surgiu de maneira bem natural, na verdade. Com algumas pessoas eu sempre tive o hábito de conversar por vídeo chamada. Eu tenho um irmão que mora fora do país então é um canal muito presente, na minha relação com ele hoje em dia, e, de vez em quando, eu sempre fiz foto, 'ah, deixa eu registrar o momento', porém muito mais na brincadeira. Quando começou a quarentena, o isolamento social, essas ligações se intensificaram, aumentaram, aí com amigos, com colegas, para reuniões de trabalho, e isso foi ficando na minha cabeça e fui brincando cada vez mais, a princípio. Aí quando eu vi eu já estava pensando assim como foto. Aí eu falei: 'Bom, vou organizar isso aqui então. Vamos lá, agora eu vou fazer uma foto sua. Vai para ali, que tipo de luz você tem aí...' Quando eu vi eu estava dirigindo e comecei a postar. Então foi de uma maneira meio orgânica. Uma coisa que era natural, que eu acabei organizando.

OP: Como foi a escolha das pessoas convidadas? Pensa em levar isso adiante, profissionalmente pós-pandemia?
Bispo: Na verdade, eu comecei por amigos, por pessoas mais próximas, ou colegas de trabalho, pessoas que eu falava, tenho contato e que tem um pouco mais de intimidade, seja por conta de trabalhar muitos anos juntos, ou por serem realmente pessoas mais próximas do meu círculo mais íntimo. No início, foi uma escolha assim. Depois, quando eu fui postando, as coisas foram tendo uma cara de trabalho mesmo, foram sendo amarradas, aí acabou que, eventualmente, eu convidava alguém que eu tinha vontade ou algumas pessoas entravam em contato. 'Pô! Também quero posar. Vi que fulano fez uma foto... Vamos fazer!'. Então, no início, foi dessa maneira mais íntima. E depois, tem uma série de maneiras de acontecer, ou pessoas que eu quero fazer, ou pessoas que querem ser fotografadas, e depois clientes mesmo assim. Algumas encomendas para publicações, para algumas pequenas campanhas de marcas. Quer dizer, depois acabou uma parte disso virando realmente trabalho.

OP: Das pessoas que fotografou ou acabaram se convidando, alguma que marcou nessa imersão virtual?
Bispo: Acho que esses encontros digitais têm sido divertidos também. Acaba que, eventualmente, você troca um pouco com a pessoa sobre um tema recorrente, o que todo mundo está vivendo que é a pandemia. Então acho que mais do que qualquer outra coisa, o que tem me marcado, aí de forma geral, não vou nem lhe dizer uma pessoa especificamente, é perceber e entender e ouvir e comparar como cada um está lidando com essa situação. Acho que essa troca ajuda a gente também a entender a nossa posição e como conviver melhor isso tudo.

OP: Aproveitando, mesmo com tantos retratos já feitos e mais de 25 anos de carreira, quem ainda não fotografou e gostaria?
Bispo: É engraçado que eu sempre venho tendo uma lista ao longo dos anos e acaba que eu vou por acaso. Tipo eu tinha muita vontade de fotografar Roberto Carlos há muitos anos atrás aí, depois de um tempo, eu fiz um trabalho com ele. Depois eu tinha uma vontade… 'Poxa, o Pelé, o maior atleta de todos os tempos, é brasileiro, já estava ficando com uma idade avançada'..., quer dizer, gostaria de ter no meu arquivo. Aí, por acaso, este ano, em janeiro, antes da pandemia, me contrataram para fazer uma série de retratos dele. Aí eu fiquei pensando... 'Quem seria?'. Alguém palpável, né!? Existem centenas de pessoas que eu gostaria de fotografar. E aí, há um tempo atrás, me veio esse insight, uma pessoa que eu nunca fotografei, que eu gostaria de fotografar, é Rita Lee. Eu tenho muita vontade. Quem sabe pós-pandemia eu consigo viabilizar esse encontro.

OP: Com a experiência das fotos online, você passou a enxergar a fotografia de forma diferente, especialmente de pessoas? O que enriqueceu? Algum desafio maior?
Bispo: Uma coisa que eu percebi, eu acho, que talvez seja enriquecedora, é o quão a fotografia é importante para as pessoas. Elas se virem fotografadas em imagens e o quão ela realmente é algo que vai marcando uma época, registrando uma época. A gente daqui um tempo vai olhar para as imagens criadas neste período e vai entender totalmente o que estava acontecendo. Como as pessoas não podiam sair de casa e como resolveram essas questões, tanto de trabalho, ou de imagem, ou de afeto. É isso que vai ter de mais diferente. Com o tempo, a gente tem um registro desse período em imagens, também. Agora é um desafio muito maior. Você precisa de uma combinação de coisas que é boa Internet, boa luz, uma pessoa que está posando, que é um modelo, mas também é um assistente de fotografia, porque tem que te ajudar a posicionar um celular, a mexer um objeto, então é bem mais complexo do que um trabalho normal, onde eu vou, monto a luz que quero, tenho assistente, dirijo, tenho mais possibilidades de luz, de enquadramento de lentes, de câmera, de tudo.

OP: Quando não se utiliza de tantos recursos, nem de equipe, o que é preciso e é uma boa foto para você?
Bispo: A primeira resposta sobre o que é preciso é uma boa conexão de Internet e uma boa luz, o que já é algo bem particular desse processo porque, na fotografia presencial, eu tenho uma boa luz, é legal, mas existe flash, luz artificial, e eu não preciso da Internet. Então a primeira resposta seria esta. Agora acho que mais do que nunca esse tipo de produção e você ter um bom resultado só comprova que fotografia, retrato, diz muito mais sobre o olhar do que sobre aparato tecnológico. No fundo, quem faz foto é o olho humano. Eu nunca fui fotógrafo muito técnico, de modo geral, na minha vida. Eu sempre acredito que a energia, o clima da foto e aquela troca ali, presencial, e agora, digital, online, são coisas que são mais importante numa fotografia final, num resultado forte, potente, do que técnico.

OP: Como acha que a fotografia se revelará pós este período de crise mundial?

Bispo: Não sei se vai ter uma grande mudança na fotografia em si. Acho que neste período ainda, mesmo quando a gente começar a ter alguma proximidade, isso vai mudar muito. Acho que as equipes vão ser menores, uso de máscara, as questões de higienização, os ambientes terão de ser mais ventilados..., acho que vai ter um período onde já vai se poder trabalhar presencialmente, mas ainda não naquele mundo que existia, enquanto não tiver uma vacina, que isso sim vai ser algo muito diferente. Agora, tendo uma vacina, depois disso tudo, eu acho que a grande questão vai ser a crise econômica mesmo. Os valores vão ser menores, de trabalhos, os orçamentos vão ser menores, os trabalhos vão ter de se adequar a uma crise que é mundial, que vai refletir acho que por muito tempo pós-pandemia. Então, neste aspecto comercial, isso vai ser mais atingido. Falando agora de mercado, de fotografia, de imagem, mercado audiovisual até, isso tudo vai ter que se adaptar um pouco economicamente, e estruturalmente.

OP: Você contou que é neto de cearense. Como era o nome do seu avô? Alguma lembrança do Ceará?
Bispo: O nome do meu avô era Raimundo Maciel, ele era reserva da Marinha. Quando eu nasci, ele veio do Ceará pela Marinha, se não me engano, jovem, para o Rio, e conheceu minha avó aqui, que vinha também para o Rio, do Espírito Santo. E, com ele, eu tenho uma lembrança do Ceará muito marcante e que foi a minha única ida ao Estado com ele. Depois voltei trabalhando já, adulto. Quando eu era criança, o pai dele, meu bisavô, que nunca saiu do Ceará, da cidade que ele nasceu, que é Ipu, já estava muito velho, com 102 anos, se eu não me engano, e aí ele tinha muita vontade que a gente conhecesse ele, o pai dele. Aí fomos eu, meu irmão, meu avô e minha avó, de ônibus, do Rio para o Ceará (isso deve ser início dos anos 1980), e a gente foi conhecer meu bisavô. Na verdade, ele morava em Fortaleza já. Viveu alguns - poucos - anos, depois faleceu. E essa viagem é inesquecível. Eu era bem novo, mas, você imagina, foram três dias dentro de um ônibus e conhecer o pai do meu avô é uma lembrança muito forte e amorosa que eu tenho do Ceará.

Paulinha Sampaio na Glamour do mês em foto tirada por ela
Paulinha Sampaio na Glamour do mês em foto tirada por ela

Atualização no tempo e história

Lembro-me como hoje. Em 2014, deparava-me com mais um dos ensaios vanguardistas, para não dizer transgressores, de Rihanna fumando enquanto, na foto seguinte, de divulgação, mostrava o segredo do autorretrato: a sorte de um mini controle em mãos. Aquilo, à época, rendeu "curioso", além de "moderno". Também pondera. Os tempos eram estes, não outros, em se tratando da questão. Uma influência talvez do - polêmico e divertido - bastão de selfie (hoje com a ajudinha de luzes de led em tripés de baixa, média, altíssima estatura) recorrido aos montes por sociedades hiperconectadas? Coincidentemente ou não, foi no mesmo ano, em 2014, que o equipamento fotográfico ganhou bastante popularidade no Brasil, como no mundo todo. Nas origens, na Internet, dizem que o bastão nada mais é que uma releitura de algo semelhante usado, em 1926, por um britânico para tirar a própria foto ao lado da esposa, no dia que estavam oficialmente casados. Site do Daily Mail que trouxe à época, em um tweet com a foto para provar. Pois bem. Tudo pode fazer sentido e está conectado, no tempo, como nas diversas formas de encontrar solução estando em adversidade. Atualmente, quase que a melhor saída quando, contraditoriamente, não se pode. Nem ir às ruas, muito menos para sessões fotográficas. Não é só a alta de fotos virtuais feitas por profissionais e ou amadores. As pessoas estão se auto enxergando, ou melhor: se auto fotografando-se. Um caso internacional é o de Robert Pattinson, famoso na saga Crepúsculo. Ele é a capa e recheio da nova edição da GQ americana e não é com fotos antigas ou tiradas antes da crise do novo coronavírus. Não. Foram feitas por ele durante a quarentena. (E ficaram ótimas, se quer saber). Em outra revista, mas daqui do Brasil, você confere Paulinha Sampaio, digital influencer cearense, ditando as regras. Segura até o celular nas mãos, como se estivesse frente ao espelho de casa, não em uma página da Glamour. Cenas do próximo capítulo? Quem dirá. Ou fotografará. São construídas todos os dias. Certo uma coisa: nada será como antes. Nem a fotografia, pronta para vencer barreiras. Que barreiras? A tecnologia e o humano, juntos, surpreendem. Este último só aos que de criatividade se deixam aflorar.

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