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O velho jeans; os caminhos a percorrer
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É jornalista e designer de moda formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Integrou a equipe das Revistas e do Núcleo de Cultura e Entretenimento (caderno Vida&Arte). É repórter da assessoria de comunicação do O POVO. Escreve para a Supernovas aos domingos. Aborda moda e beleza em relação ao corpo e memória, saúde e bem-estar.

Jully Lourenço arte e cultura

O velho jeans; os caminhos a percorrer

Tipo Opinião
Crise climática global - @beafremderman imagina um mundo apocalíptico. Suas esculturas vivas de roupas parecem ter sido abandonadas repentinamente, permitindo que a natureza domine. Frederman planta sementes de chia entre pernas de calças, moletons e meias para questionar como lidamos com a questão ambiental atual. (Via @promostyl_official) (Foto: Reprodução/beafremderman.com)
Foto: Reprodução/beafremderman.com Crise climática global - @beafremderman imagina um mundo apocalíptico. Suas esculturas vivas de roupas parecem ter sido abandonadas repentinamente, permitindo que a natureza domine. Frederman planta sementes de chia entre pernas de calças, moletons e meias para questionar como lidamos com a questão ambiental atual. (Via @promostyl_official)

Todos os dias, na mesma hora. Acordo, antes de tomar o café, abro o guarda-roupa. Preciso passar por ele. Preciso do que tem nele. Ou, temporariamente, não preciso "mais"? Roupas não tocadas; roupas não gastas. Presas no tempo. Eu ou elas? Mas quem falou em prisão? Apesar de nunca desgrudá-la antes da pandemia, sinto que é libertador não estar todos os dias de calça-jeans, mesmo sendo 100% algodão. Capaz de ainda saber voltar sozinha ao trabalho. Não duvido não. E os sapatos? Estes é que devem estar com saudade. De mim, dona, talvez, mas das ruas. Aqueles eram dias agitados. Faziam o mesmo trajeto (os sapatos), mas nunca o mesmo trajeto. Cada dia com seu humor. Assim, percorria quilômetros. De ônibus e a pé. Também de bicicleta. Voando. Mais rápido que um avião. Em pensamentos soltos, que, involuntariamente, deram lugar a outros. Que moda e beleza são estas? Que tempos são estes? Viver um capítulo da história mundial é diferente de lê-lo nos livros. É diferente de uma aula na universidade. É diferente de tudo. É tudo. E sentido. Por mais que não o faça. Cada década dos séculos quer dizer alguma coisa: é o reflexo dos assuntos que permeiam hoje a sociedade e que você, consumidor ante sujeito de moda e beleza, não deve ficar de fora. Inteire-se. Conscientize-se. Veja direito e avesso, como talvez sua professora ou avó ensinou-lhe, antes de comprar roupas. Há tanta coisa acontecendo que fico até tonta para trazer-lhe aqui. A obsolescência programada é uma dessas questões. O que isso tem a ver com o calendário da moda abolido pela Gucci (a Gucci!), há pouco, pela Saint Laurent? Desacelerar, primeiramente, para dar espaço que ele seja: o futuro. Já falei dos desfiles e semanas de moda. Pularemos então ao tópico seguinte, mas qual o tópico seguinte? Não estou a par de certezas, aliás, dispo-me delas. "Mas desconfio de muita coisa", como Rosa, escritor. Em meio ao caos, com moda e beleza rolando, a situação na e pela Amazônia agrava-se. Parece-lhe aleatório? Pois o é. E conjunto, ao mesmo tempo. Hoje não teremos roupas ("Temos todo o tempo do mundo"). Ao invés, podendo sê-la (não se impeça de, não por mim): "antídotos para a rotina".

 

Fim de semana vintage (1970)
Fim de semana vintage (1970)

Pot-pourri

Um artigo recortado do jornal (por que não este); uma foto sua um pouco fora de foco, ou uma série de fotos 3x4 em preto e branco; objetos que te fazem sorrir; uma citação, um poema, uma carta escrita à mão que te emociona; a sua história. De "Como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo" (2014). Livro de acesso gratuito na internet. Inclui receitas; verdades nuas e cruas.

Aproveitando, para fixar em qualquer parte do quarto, palavras que nutrem tão bem quanto um creme: "O bem é aquilo que dá maior realidade aos seres e às coisas; o mal é aquilo que disso os priva". Simone Veil (1909-1943), filósofa francesa.

Lembrete 2: protetor solar: em casa ficamos expostos à luz de lâmpadas e de aparelhos eletrônicos que também emitem radiações danosas.

Está cientificamente comprovado que as flores fazem você se sentir melhor. Crédito à professora Jeannette Haviland-Jones, pela descoberta. Ano: 2005. Nos sites Vogue US e Psychological Science.

Yoga. A retomada vem aí.

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