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Expressões "fora do padrão" provocam a pensar sobre convenções e pluralidades da vida humana
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Expressões "fora do padrão" provocam a pensar sobre convenções e pluralidades da vida humana

Num mundo em busca da perfeição, expressões "fora do padrão" provocam a pensar sobre convenções e pluralidades da vida humana
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Campanha francesa sensibilizou sobre alimentos
Foto: Reprodução Campanha francesa sensibilizou sobre alimentos "imperfeitos"

Talvez não seja uma resposta fácil, muito menos imediata, e nem precisa sê-la. "A ideia de perfeição e imperfeição é um tema que aparece na natureza e na cultura - esferas que não podem ser pensadas em separado sob pena de cairmos em reducionismos conceituais", esclarece Gabriela Reinaldo, doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e professora do Instituto de Cultura e Arte da UFC, onde coordena o Laboratório Imago - Estudos Sobre Estética e Imagem e o projeto de pesquisa "As Faces do Rosto", que se dedica ao estudo do rosto do ponto de vista semiótico, dando dimensão também à sua complexidade.

"Na natureza, o acaso (ou como chamamos os eventos cujas regras de aparecimento nos escapam, estão fora da nossa explicação) pode modificar um comportamento genético e produzir, no meio da repetição, a diferença", apresenta a professora. São eventos - continua Gabriela - praticamente irrepetíveis, mas que geram formas, cores, texturas e comportamentos novos. "Isso pode ocorrer com um pássaro, uma estrela do mar, uma flor, um mamífero, um réptil…". "Essas alterações imprevisíveis tornam o sistema mais complexo e mais rico em termos de biodiversidade. Então, dizer que um evento que gera diversidade e complexidade é 'imperfeito' é um juízo de valor antropocêntrico e falho", relaciona.

Em outra dimensão, na nossa cultura, vai explicando: "chamamos o ser singular, esse ser desviante, imperfeito", mas que isso, diz, depende de cada cultura. "O mesmo sinal de diferença ou desvio da regra e da ordem pode ser julgado demoníaco/monstruoso para uma cultura e sagrado para outra. Ou seja, perfeição e imperfeição são conceitos inscritos histórica, estética, ética e culturalmente e têm um papel fundamental na manutenção de preconceitos que favorecem alguns grupos em detrimento de outros", conforme menciona.

"Talvez o exemplo mais traumático na História ocidental, no século XX, seja o que os nazistas consideravam 'arte degenerada'. Qualquer obra que não estivesse em acordo com os princípios eugênicos do ideal de beleza clássico, era considerada degenerada. Nas exposições nazistas, obras de arte vanguardistas como o cubismo, o dadaísmo ou o expressionismo, vinham acompanhadas de fotografias de pessoas portadoras de deficiências físicas e/ou mentais com legendas extremamente preconceituosas, mas sob a chancela da medicina praticada pelo regime nazista. O 'imperfeito', o 'desviante', o 'aleijão', podem 'contaminar’ uma sociedade que se enxerga pura e perfeita", cita.

Quem também reflete sobre é a médica doutora Lara Sampaio. Para a profissional clínica da área da psiquiatria, a percepção que temos sobre o corpo é influenciada pelo ambiente em que vivemos e pela cultura na qual estamos inseridos. "Podemos admirar a beleza de algum famoso e nos inspirar no seu corte de cabelo, no estilo de roupa ou desejar ter um corpo parecido. Também é comum fazer atividade física, dieta, realizar um procedimento estético, usar maquiagem ou saltos para modificar ou melhorar algum aspecto em nós que achamos defeituoso", fazendo-nos voltar à pergunta: "O que é imperfeito?"

De acordo com a médica, podemos considerar imperfeito tudo aquilo que achamos defeituoso, incompleto, ou seja, "não perfeito". "Se analisamos nosso corpo no espelho, é natural não gostar de tudo que vemos e passar a considerar alguma característica como falha. Algumas pessoas podem incomodar-se com algum sinal no rosto, com a própria altura ou achar desproporcional a orelha ou o nariz", exemplifica.

Ainda de acordo com Lara, - que acaba indo ao encontro vanguardista de moda, ampliado, em menor e maior grau, nas mais variadas manifestações provocadoras de estética e cultura desde que o mundo é mundo, incluindo, nesse ínterim, design, arte, arquitetura, questionando quebra dos padrões -, um corpo sem imperfeições é apenas uma ideia e só existe no pensamento, por isso é algo inatingível. Na psiquiatria, entretanto: "Quando a busca por um corpo idealizado se torna obsessiva, pode trazer muito sofrimento e acabar prejudicando a saúde física ou mental do indivíduo", diz.

Na visão da artista plástica e arquiteta Joana Salle tudo se resume, um pouco, na na coragem de ser imperfeito. "Essa coragem de ser imperfeito, de aceitar a cerâmica, às vezes, de uma maneira mais diferente, de você aceitar um design, como uma cadeira de três pés, por exemplo. A desconstrução é sobre isso", afirma, indo além de artista, pessoa.

"Sempre fui muito diferente na família então convivi com isso durante a minha vida inteira, sobre essa coragem de ser imperfeito, de aceitar a gente como a gente é", nota, percebendo mudanças. "Por que os pratos hoje, quando você vai aos ateliês de São Paulo, de cerâmica, não são perfeitamente redondos?" Joana mesma responde mostrando interesse ao que não é óbvio, sim vulnerável por sua potência: de um prato oval, outro distorcido, a uma xícara ou cadeira que não é cadeira. "Qual sua coragem?"

"Hoje vivemos uma hipocrisia virtual, onde ninguém mostra o que realmente é e isso vai se refletir numa das obras que você recebeu, essa coisa de você não conseguir ver o que está ali dentro, só vê o que está ali fora", o convite, em aberto.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 13.08.2020: Dra. Lara Sampaio, médica psiquiatra. Percepção do si e autoimagem.  (Foto: Thais Mesquita/O POVO)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 13.08.2020: Dra. Lara Sampaio, médica psiquiatra. Percepção do si e autoimagem. (Foto: Thais Mesquita/O POVO)

Bate-pronto

O POVO: Quais as ligações com a psiquiatria? A ideia de imperfeição está associada a algum transtorno?

Lara Sampaio: Quando a insegurança com a imagem pessoal e a insatisfação diante do espelho são constantes, podemos estar diante de um Transtorno.

Na Psiquiatria, o sofrimento excessivo com as imperfeições do corpo pode estar ligado principalmente à dois tipos de transtornos: o Transtorno Dismórfico Corporal e os Transtornos Alimentares.

Alguém que tenha a preocupação excessiva com algum defeito físico ou com uma pequena falha no corpo, quando ninguém mais percebe, pode ter o Transtorno Dismórfico Corporal. Pode ser uma orelha maior que incomoda ao ponto do indivíduo não querer tirar foto e evitar sair de casa. Ocorre também no casos de homens preocupados com medidas dos músculos passando todo o seu dia obsessivamente cuidando apenas disso, podendo perder trabalhos ou amizades.

Quando essa preocupação está relacionada ao peso e à imagem corporal como um todo, a pessoa pode ter um Transtorno Alimentar. Ocorre se há muitas comparações com o corpo idealizado e se a insatisfação com as medidas e o peso são incessantes, causando tristeza profunda e levando a sintomas como provocar vômitos, evitar comidas ou comer em excesso como forma de punição. São classificadas como Bulimia, Anorexia ou Compulsão Alimentar, respectivamente.

OP: Qual a importância de aceitar-se? Do mesmo modo, por que seria importante desmistificá-la (a imperfeição)?

Lara: Autocrítica constante é um obstáculo para a felicidade. Ela impede a realização pessoal completa. Por isso, aceitar as imperfeições tem grande importância para a saúde mental. Ajuda a tirar o foco dos defeitos e a poder desfrutar mais a vida.

Ter consciência das próprias falhas e compreendê-las é o primeiro passo para uma vida com mais satisfação pessoal. Quando compreendemos isso, podemos ver as imperfeições como necessárias para nos diferenciar e sermos únicos.

Aceitar a si ajuda a aceitar também o outro como ele é. Deve ser um exercício diário e em alguns casos pode ser necessário a ajuda de um profissional de saúde mental. Ao aceitar-se, os pensamentos negativos autodestrutivos diminuem e dão espaço para a construção de uma vida mais plena.

Afinal de contas, como diria Clarice Lispector: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".

EXISTÊNCIA E TEMPO - Em
EXISTÊNCIA E TEMPO - Em "Abóbora", ensaio realizado em casa, Jéssica se auto fotografa em meio às plantas que ela passou a cultivar, com o início da pandemia

Habitar em mim

"Desde cedo, trabalho com arte, com artes da cena, então, desde muito cedo, leio sobre essa beleza historicamente constituída, de modo perfeito, até que essa beleza foi se distorcendo, foi derretendo, com várias manifestações artísticas, e me parece muito mais interessante pensar nessas distorções, nesses borramentos, nessas noções de beleza mais borradas, mais imperfeitas. Porque, quando eu vejo um corpo em cena, ele é muito estranho, e eu falo muito sobre isso no meu primeiro solo, que é o espetáculo 'Ela', que eu falo que é um corpo estranho, que estranha, que chega nos olhares das pessoas, de forma estranha, e, ao mesmo tempo, em que eu me coloco como qualquer outra pessoa. 'Quem nunca olho para o próprio corpo e se sentiu estranho?', porque essa noção de imperfeição ela está quando a gente cria uma autoconsciência do que a gente é no mundo... nós não somos perfeitos, né? Mas, muita gente idealiza, segue em busca dessa perfeição, mas, desde muito cedo, eu percebi que não, que o caminho não era esse, que a busca não era essa.

Era preciso que eu compreendesse o meu corpo, enquanto matéria-prima, de trabalho, matéria bruta, para poder trabalhar em cena, para ser uma pesquisadora em arte, para ser atriz, produtora, enfim, para estar onde eu estou hoje e fazer disso uma matéria bruta, da maneira como eu queira, da maneira como eu me sinta à vontade e me sinta tranquila, de estar trabalhando esse corpo. Pelo menos nos últimos dez anos, eu trabalhei com isso, com essa estranheza e eu gosto de me dizer dona e habitante de um corpo estranho, porque é isso que me constitui, eu não tenho problema em dizer, eu não acho que dizer isso seja maior ou menor do que qualquer outro corpo, eu acho que é um corpo no mundo, que ocupa um lugar no mundo e que hoje eu escolhi a forma de como operar no mundo, de como operar diante dos olhares das pessoas, porque é muito notório, chegar num ambiente e ter um acúmulo de olhares em cima do meu corpo, talvez pelas suas imperfeições, talvez pela sua estranheza, ou talvez pela maneira como eu lido com ele, de uma forma muito tranquila, muito natural (gosto muito de usar biquíni na praia, fazer ensaios nus e andar com a roupa que eu quero, então isso causa um estranhamento também talvez pelo fato desse lugar 'bem resolvido').

Talvez, a estranheza não seja dada pela minha existência no mundo, mas como eu lido com ele no mundo e como eu faço dele, arte; como eu faço dele, meu material de trabalho.

(...) é, já que a gente não escolheu nascer com ele, como a gente escolhe operar com ele no mundo; como a gente escolhe estar com ele no mundo e eu acho que isso deixa a gente mais tranquilo, quando a gente faz as nossas próprias escolhas, independente de um todo, que está sendo construído, que é de beleza, que é muito aprisionador até. Eu acho que a singularidade tem muito mais beleza.

Eu tenho muita dificuldade de falar sobre noções de comunidade, porque eu nunca vi, minimamente, um corpo comum ao meu e isso que me faz, única; que me faz singular, que me dá um corpo muito belo, que não existe outro.

A primeira vez que eu me vi estranha foi no meu quarto. (...) uma vez, eu estava me olhando no espelho, o sol entrou, refletiu no espelho e refletiu no meu rosto e eu vi que eu tinha uns olhos verdes, então eu fiquei assim: 'Meu Deus, que olhos são esses?', porque eu não tenho ninguém na família com olhos verdes... (...) A primeira vez que me vi tendo olhos verdes, porque eu já tinha esses olhos há muito tempo, só que eu nunca tinha me visto assim.

(...) como eu demorei muito a ver que eu tinha esse corpo muito 'diferentão' dos outros, quando eu me vi assim, eu já estava muito bem resolvida em cena. Acho que talvez o teatro e a dança tenham me ajudado muito com isso, porque eu, desde cedo, comecei a analisar os olhares das pessoas sobre mim, no palco. Foi uma grande virada, porque eu comecei a lidar e, hoje, eu tento construir técnicas, a partir desse acúmulo de olhares, para lidar com a cena, como atriz, e, na vida, né, no mundo, de uma forma que as pessoas vão desmistificando muitas coisas, a partir do que as pessoas me olham. Esse estranhamento, ele é muito precioso, ele é muito valioso. As pessoas estranham, mas, depois, elas vão desconstruindo uma série de estranhezas, depois de alguns minutos, algumas horas, e isso é visto como algo como qualquer outro, porque a minha grande luta, é essa: viver uma vida banal e corriqueira, como qualquer outra, poder passar despercebido como qualquer outra pessoa, ou poder chamar atenção como qualquer outra pessoa, mas nunca ficar nesse lugar 'especial' apenas aos olhos de que vê" - Jéssica Teixeira (@ela.jessicateixeira), 27, atriz, produtora e diretora de tetro

Mariana Ribeiro é nutróloga mestre em Nutrição e Saúde, responsável pelo perfil @nutricaosempressao
Mariana Ribeiro é nutróloga mestre em Nutrição e Saúde, responsável pelo perfil @nutricaosempressao

A construção de nossa imagem corporal

Pautada em três pilares (como eu me vejo, como os outros me vêem e como eu vejo os outros), segundo a nutricionista mestre em Nutrição em Saúde, Mariana Ribeiro, é tão importante quanto saber diferenciá-la dos padrões, que insistem em confrontar, desde a antiguidade, afinal, o que é belo, logo não belo. "Este padrão é algo socialmente construído e que muda com o passar do tempo (é só lembrar do que era considerado beleza há 50 anos atrás e comparar com hoje - bem diferente!)", lembra Mariana, que abre à discussão.

"Na sociedade atual, temos uma valorização exacerbada da beleza e da juventude, sendo o corpo magro um dos muitos 'pré-requisitos' para se estar dentro do padrão de beleza", por isso, pondera. "Cuidar do próprio corpo é uma necessidade de saúde. Entretanto, cada vez mais, vemos esse 'cuidado' sendo exagerado; em nome não da saúde, mas da estética", ressalta a nutricionista, do @nutricaosempressao. Leia a íntegra da entrevista:

A busca por um corpo 'padrão'

"A grande questão é que temos crenças de que nosso corpo pode ser moldado à nosso bel prazer, quando isso não é inteiramente verdade. Temos heranças genéticas e influências socioambientais que vão influenciar (e muito) na maneira como nossos corpos se parecem. E a busca por um corpo 'padrão' pode acabar nos adoecendo física e mentalmente, manifestando-se na forma de transtornos alimentares e/ou relações conturbadas com o corpo e com a comida, pensamentos ansiosos e uso de métodos inadequados para perda de peso a qualquer custo, sem visar as consequências negativas.

Um modo de amor ao corpo

Por outro lado, muitos movimentos atuais buscam a normalização da aceitação corporal, mesmo dentro da área da Nutrição. Não como uma 'apologia à obesidade' ou uma maneira de 'desleixo', mas sim como um modo de amor ao corpo (e nós cuidamos do que amamos, não é mesmo?). A diminuição do estigma/preconceito com relação ao peso, tanto por parte dos profissionais quanto da população, seria de suma importância para promoção da saúde mental e física da população.

Aceitar o seu corpo não é deixar de se cuidar

Eis uma analogia: uma pessoa decide que vai aceitar seus cabelos crespos como eles são e vai deixar de fazer alisamentos. Isso não quer dizer que esta pessoa irá deixar de cuidar dos cabelos, penteá-los ou tomar banho, né? Quem já passou pela 'transição capilar' sabe que é um processo de aprendizagem onde se deixa algumas práticas pra trás (que muitas vezes podem fazer mal ao cabelo) e se adotam outras práticas que são mais coerentes com o tipo de cabelo que você tem (talvez, usar produtos específicos, por exemplo). Da mesma forma, aceitar o seu corpo não é deixar de se cuidar, muito pelo contrário. Aceitar seu corpo é entender que você não precisa fazê-lo sofrer intensamente e dar a ele todo o cuidado que ele merece (como uma alimentação equilibrada, atividade física, momentos de lazer e descanso, promovendo assim a saúde em todos os tamanhos). Lembre-se: você tem uma história única, assim como seu corpo, que deve ser respeitadas e cuidadas".

Cantora, Lídia Maria usou seu perfil no Instagram para um desabafo sobre corpo
Cantora, Lídia Maria usou seu perfil no Instagram para um desabafo sobre corpo

Beleza que não se mede

"A sociedade faz com que nós mulheres nunca estejamos satisfeitas com nossos corpos. Percebi isso quando olhei uma foto minha de quase dez anos atrás. Eu era super magra, mas na época achava que estava gorda. Parece que não importa o peso, sempre vamos achar que estamos 'devendo' em algum ponto. Eu tenho engordado consideravelmente nos últimos anos. E isso estava me incomodando muito. Comecei a questionar minha beleza. Passei a não me sentir bem nas roupas e também me achar menos atraente. Minha imagem nas fotos não me agradava mais, principalmente por conta da barriga. Foi aí que eu pensei: E se eu não conseguir mais emagrecer, vou me achar feia para sempre? Cheguei a conclusão que existem muitas formas de ser bonita. E da mesma maneira que fomos educados para um padrão estético opressor, também podemos trabalhar nosso olhar para enxergar a beleza de outras várias formas. Claro que isso é um processo. Tenho procurado sempre me olhar no espelho com cuidado e amor para prestar mais atenção nas minhas qualidades e aceitar aquilo que em mim foge do padrão. Tenho exercitado olhar para outras mulheres de diversos pesos e corpos e acha-las bonitas também. Esse meu novo olhar para mim e para o outro, influenciou até na criação de um novo projeto: a loja on-line Artigo Raro. Tendo como mote o slogan "o diferente nos inspira", a princípio a loja quer disponibilizar produtos inspirados nas diversas formas de ser e estar no mundo. Por isso iniciou suas vendas com roupas femininas com numeração do 48 ao 54, artigos não tão fáceis de se encontrar geralmente. A ideia é priorizar o diferente e a diferença a partir da necessidade de pessoas reais mas ainda muito inviabilizadas pela moda e o mercado em geral. Àquelas consideradas muito gordas, ou muito magras, muito altas, muito baixas e também pessoas com deficiência por exemplo. Estamos começando bem devagar, mas com muita dedicação" - Lidia Maria, 32, cantora e compositora

Da mesma autora de
Da mesma autora de "A Arte da Imperfeição - Abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo" (2010), Brené Brown, do "The Call to Courage" (2019), na Netflix

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