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Governo pode ter até 350 deputados na base, diz Maia
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Governo pode ter até 350 deputados na base, diz Maia

| CÂMARA FEDERAL | Contagem de Maia exclui nomes da oposição e considera independentes. Segundo ele, agora é que governo começará articulação
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 RODRIGO MAIA e o ministro da Economia, Paulo Guedes: quem viabiliza a reforma? (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil  RODRIGO MAIA e o ministro da Economia, Paulo Guedes: quem viabiliza a reforma?

Reeleito para a presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que o governo tem condição de conseguir até 350 deputados na base aliada. Depois de reunir-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele disse que o tamanho da base está em construção porque a articulação política ainda não começou. Essa maioria é importante para a aprovação de matérias de interesse do governo, como a reforma da Previdência.

De acordo com Maia, a estimativa de 350 deputados deve-se à diferença entre o número total de deputados (513) menos os 140 parlamentares da oposição na Casa. Essa conta contemplaria 23 deputados independentes. O presidente da Câmara disse que o processo de formação de maioria na base do governo começou com atraso por causa da decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de não se envolver diretamente nas eleições para o comando da Câmara e do Senado.

"Eu sei que isso é uma construção que está começando agora. As eleições para presidente da Câmara e do Senado seguraram as articulações do governo. O presidente, como prometeu não participar do processo eleitoral da Câmara e do Senado, posição 100% correta, e a qual agradeço muito, publicamente, ela também gerou um atraso na formação da maioria do governo", disse Maia.

Ele classificou de "democrática" a atitude de Bolsonaro durante a campanha para as presidências da Câmara e do Senado e disse que agora é urgente iniciar os trabalhos de articulação. Ele acrescentou que a articulação da maioria dependerá do engajamento de todos os partidos da base aliada.

Novato na Câmara, o líder do governo na Casa, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), tem enfrentado questionamentos sobre sua capacidade de articular a base de Jair Bolsonaro. Ontem, não teve êxito na tentativa de reunir os líderes de partidos aliados pela primeira vez.

O encontro foi marcado via WhatsApp, disparado pela secretária de Vitor Hugo. Na mensagem, eram convidados os líderes da base "do apoio consistente e do apoio condicionado". O texto irritou aliados.

"Existem dois tipos de líderes? O que ele quer dizer com consistente e condicionado? O trabalho do líder é trabalhar a base, acalmá-la, ter diálogo e esse governo não tem diálogo algum com a Câmara", afirmou o líder do PRB na Casa, Jhonatan de Jesus (RR).

O fato de Vitor Hugo não ter feito o convite pessoalmente também incomodou. "Ele não teve a coragem de me mandar uma mensagem", disse Jesus. A insatisfação correu pelos corredores e mobilizou parte dos parlamentares convidados, que não compareceram. Outros apenas passaram pela reunião, ficando menos de dez minutos. (Com Agências)

Líder

Em conversas privadas, líderes partidários afirmam que faltaria a Vitor Hugo, líder do Governo na Câmara, acesso fácil e rápido ao primeiro escalão do governo e enxergam nisso um problema.

GOVERNO

A indicação de Vitor Hugo foi avalizada pelo ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz. Para deputados, no entanto, falta ao líder proximidade com outros ministros, como Onyx Lorenzoni, da Casa Civil.

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