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Uso de térmica é um dos principais motivos para alta
Politica

Uso de térmica é um dos principais motivos para alta

Reajuste de 11,62%. Revisão tarifária
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Tipo Notícia

O Ceará possui 4,34 gigawatt (GW) de potência instalada. Fazem parte desse número fontes como eólica, solar fotovoltaica e termelétrica. Esta última representa 50% da potência e faz parte da maior parte da composição da revisão tarifária, 34,6%.

Essa dependência da compra de energia das térmicas foi fator que impactou para a proposta de 11,62% de alta na conta de luz do cearense. Segundo o presidente do Conselho de Consumidores da Enel, Erildo Pontes, aproximadamente 2,6% do total da revisão tarifária proposta são compostas por parcelas de compra de energia da TermoFortaleza, térmica que pertence à Enel.

O custo da compra de energia chega a R$ 302,01/MWh, acima do que é fixado na Lei 12.783/2013, em R$ 101,01 MWh. "Existe um contrato com a TermoFortaleza, em que há uma distorção muito grande: 24% do que pesa na nossa conta de energia, comprando a R$ 301 o Megawatt-hora (MWh), enquanto em 2012 era pago R$ 120 por MWh. O contrato merece revisão", diz.

Por meio de nota, a Enel afirmou que o preço praticado pela TermoFortaleza é um dos menores do Brasil. "O contrato firmado entre a distribuidora e a TermoFortaleza foi estabelecido dentro de um programa do Governo Federal para construção de várias usinas térmicas para segurança energética do País. A companhia informa ainda que o preço é definido pelo Governo Federal".

O cálculo da tarifa também leva em conta impostos; encargos setoriais, que são os custos da manutenção de políticas públicas para levar energia para o Interior; subsídios aos consumidores rurais. Assim, consumidores de todo o Brasil pagam uma tarifa um pouco maior. Outro ponto é levar energia para os irrigantes, que têm a tarifa mais barata, mas também custeada pelos consumidores.

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