O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deve definir até amanhã a presidência da comissão a cargo de acompanhar a tramitação da reforma da Previdência na Casa.

O senador Tasso Jereissati (PSDB) é o nome mais cotado para ocupar o posto. Caso não presida a comissão, o tucano deve ficar com a relatoria da proposta no Senado, para onde o projeto de lei será enviado em caso de aprovação na Câmara dos Deputados.

Ontem, porém, o presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ponto de partida da mudança na Previdência.

Segundo Maia, a abertura da CCJ ficará para depois do Carnaval. Até lá, o Governo Federal tenta melhor a comunicação sobre os principais pontos da reforma.

Em encontro que teve com o ex-candidato Ciro Gomes (PDT) ainda em dezembro, Tasso discutiu a reforma da Previdência. O deputado federal eleito Mauro Filho (PDT), assessor econômico de Ciro na disputa presidencial, chegou a apresentar proposta para o ministro da Economia Paulo Guedes.

Em entrevista à Tribuna Bandnews ontem, Ciro classificou o modelo de reforma de Jair Bolsonaro (PSL) como "selvagem".

"Os militares são uma atividade peculiar, mas, ainda que seja diferente, a previdência dos militares arrecada R$ 3 bilhões por ano e gasta 47 bilhões", disse. (Henrique Araújo)