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Após confirmar mudança de modelo, diretor do Hospital da Mulher pede exoneração
Politica

Após confirmar mudança de modelo, diretor do Hospital da Mulher pede exoneração

Possível contrato com OS. Mudança
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Diretor do Hospital da Mulher até duas semanas atrás, o médico Daniel Holanda pediu demissão do cargo logo depois de informado, em janeiro deste ano, sobre a mudança no modelo de gestão da unidade.

À frente do equipamento havia mais de dois anos, o profissional admite: "Fomos pegos de surpresa" quanto à alteração na forma de gestão da unidade, que deve passar para uma organização social (OS) caso a Câmara aprove modificações em dois pontos na lei que trata dessas entidades.

Hoje diretor recém-contratado pelo Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Holanda conta que "não tinha perspectiva (de continuar no Hospital da Mulher) depois que a OS chegasse" e que "não havia muita opção senão aceitar (o convite)".

O ex-diretor pondera, no entanto, que sua intenção não era se demitir do hospital. "Em nenhum momento pensei em sair antes de ter essa notícia (da mudança na gestão por contratação de uma OS)", respondeu. "Nossa ideia era permanecer. Na nossa cabeça, ia continuar o mesmo modelo de gestão. A gente não participou desse processo decisório."

O médico, que chegou a ser homenageado em dezembro do ano passado pela Câmara com a Medalha Boticário Ferreira, maior comenda do Município, confirma encontro com representantes do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam) em fevereiro deste ano, pouco antes de ele pedir exoneração.

Além dessa reunião, o então diretor também chegaria a se reunir com membros do Hospital Israelita Albert Einstein, com quem a Cejam tem parceria de trabalho em São Paulo.

Questionado sobre que avaliação fazia da mudança prevista para o Hospital da Mulher, o médico afirmou que a Prefeitura contrata uma "OS quando a administração direta não dá conta" da demanda, mas que esse não era o caso. "O hospital vinha numa crescente, com destaque nos últimos dois anos", opinou.

Em relação à gestão de hospitais por OS, Holanda falou que não sabe se será boa ou ruim, mas que "a escolha da entidade será fundamental". Em seguida, recomendou consultar o "histórico dessa OS, como trata os funcionários e se tem exemplos de desvios trabalhistas".

(Henrique Araújo)

 

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