Integrantes do Conselho de Usuárias do Hospital da Mulher fizeram uma blitz ontem na Câmara Municipal na tentativa de pressionar vereadores a rediscutir mudanças propostas na lei que rege as organizações sociais (OS) em Fortaleza.

Presidente da entidade, Aldeneide Teixeira afirma que o grupo é contrário a uma eventual alteração no modelo de gestão da unidade, cujo diretor, o médico Daniel Holanda, pediu demissão cerca de duas semanas atrás depois de haver se reunido com representantes de uma OS.

"Não queremos essa mudança no Hospital da Mulher. Não queremos entregar o hospital sem saber como ficará a administração", defendeu Aldeneide, que também esteve à frente de ato realizado em frente ao equipamento, na última quarta-feira.

Segundo a usuária, a intenção do conselho é barrar a aprovação do projeto de lei enviado pela Prefeitura que altera dois artigos da legislação atual, flexibilizando-os. "Conversamos com alguns vereadores e passamos nosso recado sobre isso", afirmou.

Em sessão ontem, vereadores apresentaram duas emendas ao projeto, que voltou para a comissão de Legislação e agora só deve ser apreciado depois do Carnaval. As emendas desfazem modificações propostas pelo Executivo nos artigos 2 e 3 da lei 10.029/2013.

A presidente do conselho acrescentou ainda que "foi uma luta para existir o Hospital da Mulher" e que as mulheres desejavam um atendimento de qualidade.

"As OS não têm transparência. Queremos que a própria Secretaria Municipal da Saúde se responsabilize pelo hospital."