Professor de Nutrição da Uece, Pádua Valença diz que o acordo celebrado ontem foi organizado por pequeno grupo, sem nenhuma participação do professor Gilberto Telmo, presidente do Sindicato dos Docentes do Ensino Superior Público do Ceará (Sindesp).

"Ele hoje está aqui por uma questão de ser patrono da causa e ter obrigatoriedade de assinar esse acordo que fizemos com o Governo do Estado".

Valência menciona que Telmo prejudicou uma resolução do caso, já que o sindicato não cumpriu acordo firmado em assembleia geral, em 2018. Na oportunidade, a classe decidiu pelo acordo coletivo junto ao governo. Quem não quisesse aderir, comunicaria.

"Quem não queria ia lá e dizia, mas ele quis que as pessoas fossem e aprovassem". Isto atrasou a resolução, afirma o professor. Ele enfatizou os aproximados 300 profissionais que morreram durante os 27 anos de processo. Olhando para os professores presentes, enfatizou ainda os octogenários.

Telmo contrapõe: "trabalho sistemático da oposição porque fui contra o acordo coletivo, preferi que fosse individual, para dar a cada um o direito de escolher ou não fazer o acordo".

Ele assume que os professores Valença, Célio Andrade (UVA) e Ruth Matos (Uece) tomaram a dianteira da negociação junto a PGE. Mas explica: "o sindicato iria exigir mais".