Deputado federal pelo PSL, Heitor Freire defendeu o projeto de lei apresentado por Jair Bolsonaro (PSL) que sugere modificações nas regras de trânsito. "Em nosso País, as multas de trânsito são produzidas em escala industrial, essa é a verdade", apontou o parlamentar.

Para Freire, que preside o PSL no Ceará, a arrecadação que resulta da aplicação das multas no Brasil não tem o retorno devido para a sociedade. "Hoje, a aplicação da multa não reprime o condutor para que ele não repita a infração. Quanto mais se multa, maior a arrecadação, operando-se como uma forma de imposto velado", avaliou.

Colega de Casa, o deputado Eduardo Bismarck (PDT) disse que a proposta de Bolsonaro foi bem recebida na Câmara e que não deverá encontrar dificuldades para sua tramitação. "Todo mundo achou a medida positiva", relatou o pedetista. De acordo com ele, a PL que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não promove uma "abertura exagerada" nas leis, mas apenas moderada. Bismarck complementa: o projeto segue uma "lógica sensata".

Também deputado federal, José Guimarães (PT) diverge dos parlamentares. Segundo o petista, o projeto de Bolsonaro se destina a desviar a atenção da crise econômica do Brasil.

"O presidente que vem ao Congresso entregar isso (PL). Não anuncia medida alguma. O governo fica brincando com a paciência dos brasileiros", afirmou. "Esse governo merece uma resposta à altura no dia 14. Todo dia faz um decreto para desviar a atenção."

Senador pelo PDT, Cid Gomes criticou a proposta do Governo Federal. "O projeto permite que agora a pessoa possa duplicar a quantidade de multas e ele ainda vem pessoalmente trazer aqui, dando uma demonstração do quão despreparado e em que se ancora este presidente", respondeu o ex-governador do Ceará.

(Henrique Araújo)