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Bolsonaro aguarda PF para decidir sobre ministro
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Bolsonaro aguarda PF para decidir sobre ministro

| TURISMO | Porta-voz afirma que presidente vai esperar inquérito para decidir futuro de Marcelo Álvaro Antônio
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O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou ontem que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai aguardar a conclusão das investigações da Polícia Federal para decidir se mantém no cargo ou exonera o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Rêgo Barros informou ainda que a demissão do ministro "não é um tema que está vicejando, perpassando pelo presidente neste momento" e que Bolsonaro "não teve, em nenhum momento, a suposição de tirá-lo do cargo de ministro".

"O presidente mantém sua decisão de aguardar a finalização da apuração da Polícia Federal para então, a partir dessa finalização, tomar as decisões que são naturais a quem lidera o poder Executivo", afirmou Rêgo Barros. De acordo com ele, havia a previsão de um encontro hoje entre Bolsonaro e o ministro. A reunião deve ser realizada amanhã ou na quinta-feira.

Na semana passada, a Polícia Federal prendeu Mateus Von Rondon, assessor especial e dois ex-auxiliares do ministro do Turismo, na segunda fase da Operação Sufrágio Ostentação — que investiga supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas nas eleições 2018. Marcelo Álvaro Antônio era o presidente da legenda em Minas Gerais na época da eleição.

Ontem, a Justiça Eleitoral em Minas mandou soltar von Rondon, e os dois ex-auxiliares do ministro — Roberto Soares e Haissander Souza, ambos coordenadores de campanha de Álvaro Antônio para Câmara em 2018.

 Von Rondon, Soares e Souza, foram indiciados pela PF por falsidade ideológica, uso indevido de verba e associação criminosa, com pena máxima de nove anos e três meses de prisão, no total.

Além disso, ainda ontem, a PF também indiciou as quatro mulheres apontadas como laranjas do PSL. Em depoimentos ao longo das investigações, todas permaneceram em silêncio. O indiciamento foi por falsidade ideológica, aplicação irregular de verba e associação criminosa. O inquérito será enviado para o Ministério Público, para apresentação, ou não, de denúncia.

As ex-candidatas indiciadas são Naftali de Oliveira Neres, Débora Gomes da Silveira, Camila Fernandes Rosa e Lilian Bernardino de Almeida. O total de votos recebido pelas quatro foi próximo de 2.100.

Segundo a Polícia Federal, a relação custo por voto entre as mulheres que teriam sido usadas como laranjas no esquema era maior que a registrada entre candidatos que venceram as eleições. O custo médio entre os que venceram era de R$ 10 por voto, enquanto o das candidatas do PSL era de R$ 300. (Agência Estado)

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