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Nem sempre a força de um apoio está no voto
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Nem sempre a força de um apoio está no voto

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É inegável o peso político que teria para o prefeito Roberto Cláudio e o candidato que vier a apoiar à própria sucessão, ano que vem, uma provável adesão ao projeto do senador Tasso Jereissati, do PSDB. De verdade, porém, a tendência é que o efeito prático, traduzível em votos, nem seja o mais importante.

Nem mesmo quando era o político mais poderoso do Ceará, governador com força para eleger e reeleger senadores, por exemplo, o líder tucano conseguia influir de maneira decisiva no voto do fortalezense. A história mostra que somente uma vez obteve tal feito, em 1988, com o próprio Ciro Gomes que ontem estava ao seu lado trocando elogios, após longo tempo de distanciamento.

A perspectiva de uma aliança para 2020, admitida por Tasso, deve mesmo interessar a Roberto Cláudio. É assim mesmo, especialmente quando há diante dele a perspectiva de uma disputa que se anuncia renhida pelo fato de Capitão Wagner, que já dera trabalho em 2016 como candidato de oposição, continuar apresentando muita força para a próxima disputa em Fortaleza.

Quanto à chiadeira de setores do PT, tende a ser solenemente ignorada. Lembremos, o partido não chega a ser um parceiro com o qual o prefeito conte para as horas difíceis, à parte o sempre aliado governador Camilo Santana, significando que os primeiros sinais de crítica e desconforto terão efeito zero sobre o humor político de RC. Somente a desenvoltura do secretário Samuel Dias, que tem sua razão de ser evidente, tinha força ontem para ofuscar o clima de "estou em casa" que envolvia o senador tucano.

 

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