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Congresso vê 'divórcio' com Planalto pós-Previdência
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Congresso vê 'divórcio' com Planalto pós-Previdência

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Parlamentares preveem temporada de atritos com o Planalto após a aprovação da reforma da Previdência, se o presidente Jair Bolsonaro não mudar a articulação política que vem realizando nestes primeiros seis meses de governo.

Políticos de vários partidos avaliam que o governo não terá votos suficientes para tirar do papel os seus projetos e só não enfrentará um "apagão legislativo" porque há uma agenda pós-Previdência construída pela cúpula da Câmara e do Senado.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), o Planalto não terá votos para aprovar projetos relevantes. "Depois da reforma vai ser muito difícil unificar Câmara e Senado. Tem que procurar um método de se aproximar da política. A campanha acabou, não dá para ficar incentivando a divisão", disse.

Alcolumbre vê "muito mais dificuldades" para pautar propostas do Executivo na volta do recesso parlamentar, em agosto, a não ser que elas sejam de interesse dos parlamentares.

Na avaliação do senador Vanderlan Cardoso (PP), nada irá para a frente enquanto o Planalto não apresentar medidas concretas. "O que vejo é só discurso. Qual é a agenda? Privatização por acaso é agenda?"

Em nova tentativa de se contrapor à "ofensiva" do Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende discutir a proposta de reforma tributária do governo junto com a que deve ser enviada pelo líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi.

"A reforma tributária não é do governo. É uma agenda dos governadores, dos prefeitos e, principalmente, da sociedade, que paga tantos impostos", contrapõe Maia.

Falas de parlamentares da base podem dificultar ainda mais o entendimento. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) chegou a afirmar em discurso no domingo, 30, que "se for preciso a gente propõe uma PEC para reduzir o número de parlamentares". (com agências)

 

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