A inclusão dos estados e municípios, retirados da reforma pelos deputados, é defendida por Tasso Jereissati. Ele considera o apoio dos 27 governadores essencial para alcançar unanimidade sobre a questão no Senado e facilitar uma futura aprovação na Câmara.

"Dos municípios eu já recebi o apoio total e até o pedido para que sejam incluídos. Se confirmado dos estados, vai ser difícil que não haja um consenso", aponta. O entendimento, dado como quase certo pelo tucano, ainda encontra divergências entre outros senadores.

"Não é consenso a inclusão dos estados e municípios. Esse tema deve ser objeto de um amplo debate", contrapõe Marcos Rogério (DEM-RO). Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não se pode "estender o prejuízo do texto principal aos trabalhadores aos estados e municípios"

Para Antonio Anastasia (PSDB-MG) existe "clima muito favorável no Senado para que possa haver a inclusão de estados e municípios nessa reforma", mas "é muito difícil falarmos em consenso quando o tema é reforma da Previdência".

Para Simone Tebet (MDB-MS), desde que se avance na "PEC paralela de estados e municípios", há votos suficientes para aprovação: "Eu entendo que temos mais de 49 votos". Líder do PT na Casa, Humberto Costa, contudo, diz que não se pode "cantar de galo" sobre a aprovação, que não será fácil entre os senadores, garante.