Eliabe Albuquerque ainda não completou ainda dois anos à frente da Prefeitura de Paracuru — após substituir José Ribamar Barroso Batista, conhecido como Ribeiro, — e já está sendo investigado por improbidade administrativa. Ribeiro, de quem Eliabe era vice, foi afastado do cargo em dezembro de 2017, após ser um dos alvos Operação Cascalho do Mar, do Ministério Público Estadual (MPCE).
Ribeiro é acusado de participar de um esquema que envolve fraude em licitação, associação criminosa e corrupção. O mandato de Ribeiro foi cassado em junho.
No MPCE são quatro ações envolvendo o nome de Eliabe Albuquerque, a primeira ajuizada ainda em 2018. Entre as acusações, estão a contratação de empresa pertencente a servidor público e com suspeitas sobre licitação e compra de combustíveis sem licitação ou dispensa.
Outro ajuizamento versa sobre "irregularidades nos procedimento de liberação de veículos pela Secretaria de Patrimônio, Cidadania e Trânsito", cita o documento do MPCE. Entre os veículos "estão motocicletas sem placa, veículos conduzidos por menores de idade, por pessoas sem licença para dirigir" e, a "esmagadora maioria das liberações foram feitas por "ordem do secretário", neste caso Sinval Ribeiro, também citado na ação.
A falta de pagamento de rescisões também é alvo de ação de improbidade, pois, segundo justifica a promotora Anna Bauerlein no documento, "a gestão recusa-se a fazer o mínimo para cumprir as disposições legais e prefere utilizar dinheiro público para assegurar suas alianças políticas".
A Câmara Municipal de Paracuru também iniciou processo de investigação com a instalação de uma comissão de inquérito — foram nove votos favoráveis e três contrários. O presidente da comissão, Domenico Sassone, explica que o prefeito recebeu a intimação ontem e terá dez dias para apresentar defesa. Caso os vereadores aprovem, após isso, a continuidade do processo, Albuquerque pode ser cassado. Procurado para comentar, a assessoria do prefeito informou apenas que ele foi notificado e que está preparando defesa.