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Dodge prorroga por um ano força-tarefa da Lava Jato no Paraná
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Dodge prorroga por um ano força-tarefa da Lava Jato no Paraná

Procuradora-geral estende prazo de atuação da força-tarefa, que vive momento de maior crise após diálogos vazados
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Raquel Dodge fica como procuradora-geral até o dia 17 de setembro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil Raquel Dodge fica como procuradora-geral até o dia 17 de setembro

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prorrogou por mais um ano a atuação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Segundo informações da PGR, a "portaria que oficializa a medida será publicada hoje, devendo ser posteriormente submetida ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF)".

A extensão do tempo de atuação da força-tarefa ocorre no momento em que a Lava Jato passa por sua maior crise. Há dois meses, o site The Intercept tem divulgado, em parceria com outros veículos, diálogos vazados do app Telegram envolvendo procuradores da operação no Paraná. As conversas têm colocado em xeque a posição do coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol.

Trata-se da quinta prorrogação da força-tarefa, desde sua criação, em 2014. "Nesse período, além das renovações, houve ampliação progressiva do quadro de pessoal, incluindo procuradores e servidores. Também foi crescente a destinação de recursos para diárias e passagens. Em 2019, por exemplo, já foram gastos R$ 808 mil com essa despesa", diz a PGR.

Instituída em abril de 2014, a partir da instalação dos primeiros procedimentos investigativos envolvendo a Petrobras, a força-tarefa teve em sua primeira formação dez procuradores.

De acordo com a PGR, "a ampliação do quadro ocorreu de forma progressiva e chegou a 15 membros, este ano". "Nos últimos 24 meses foram designados mais três procuradores para fortalecer a FT da Lava Jato no Paraná. Embora o aumento no número de procuradores esteja relacionado ao crescimento no total de casos apurados, a medida representa aumento de custos para o Ministério Público Federal por causa da necessidade de substituição dos ofícios nos quais estão lotados os integrantes da FT".

Segundo o órgão, dados "da Secretaria-Geral do MPU, apontam custo mensal de R$ 112,2 mil com os pagamentos das substituições na FT da Lava Jato". "Por ano, considerando todos os encargos, o acumulado chega a R$ 1,4 milhão. Com o objetivo de reduzir os custos sem afetar o trabalho, nos últimos dois anos foram implementadas medidas alternativas como o aumento das desonerações parciais e até a colaboração a distância".

"Além do reforço em recursos humanos, a Procuradoria-Geral da República tem mantido também o apoio financeiro com a destinação, em média, de R$ 900 mil por ano, para gastos com diárias e passagens", diz a nota. (Agência Estado)

Balanço

Em cinco anos e 61 fases, a Lava Jato no Paraná resultou em 244 condenações de 159 pessoas

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