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Desidratada, reforma é aprovada em 1º turno no Senado
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Desidratada, reforma é aprovada em 1º turno no Senado

Destaques rejeitados reduziram a previsão de economia em até R$ 283 milhões em dez anos
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DAVI Alcolumbre admite que votação da Previdência do 
2º turno pode atrasar em 1 semana (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil DAVI Alcolumbre admite que votação da Previdência do 2º turno pode atrasar em 1 semana

O Senado rejeitou ontem sugestões de mudanças na reforma da Previdência e concluiu a votação, em 1º turno, da proposta que modifica as regras das aposentadorias. A economia aos cofres públicos esperada com o texto é de R$ 800,3 bilhões, depois da desidratação feita pelos senadores.

As cinco propostas de alterações — chamadas de destaques — poderiam reduzir a economia em até R$ 283 bilhões, segundo cálculos do governo. Todas foram rejeitadas ou retiradas pelos autores antes da votação. Na terça-feira, 1, o texto-base foi aprovado por 56 votos a 19. Depois da votação, os senadores aprovaram um destaque para retirar as modificações na regra do abono salarial o que encolheu a economia em R$ 76,4 bilhões.

Após essa etapa, a reforma ainda precisará passar por 2º turno no plenário do Senado. A previsão era de que esse passo final fosse dado em 10/10, mas o cronograma se tornou incerto devido à pressão dos senadores pela divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal.

Os senadores ameaçam travar a votação até que o governo cumpra promessas firmados para a aprovação da reforma. O maior temor é que a divisão dos recursos seja alterada na Câmara de forma a diminuir o montante destinado a Estados.

Ouça a matéria da Rádio Senado sobre conclusão do 1º turno da reforma na Casa

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), admitiu que a votação em 2º turno da reforma da Previdência pode atrasar. O principal obstáculo é a resistência de senadores em dar aval à chamada quebra de interstício, que permitiria a votação já na semana que vem, antes do intervalo exigido pelo regimento.

"Se alguns senadores compreenderem que não é razoável quebrar o interstício, mesmo minha posição pessoal e de vários outros líderes sendo favoráveis à quebra do interstício para a gente resolver a votação em segundo turno dessa matéria na semana que vem, a gente vai tendo que acabar, adiada a semana que vem, (levando a votação) para próxima semana", afirmou. (Agência Estado)

 

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