O plenário do Senado realizou, ontem, a primeira sessão de discussão do segundo turno da reforma da Previdência. Isso abriu caminho para que o texto seja votado na Casa. A votação está programada para o próximo dia 22, após uma sequência de atrasos. Pelo regimento da Casa, são necessárias três sessões de discussão antes da votação no plenário.

Depois da votação do primeiro turno, na semana passada, a reforma já recebeu três emendas, que sugerem alterações no texto. O segundo turno permite apenas emendas de redação (sem modificação de mérito). Os senadores, no entanto, podem apresentar destaques sugerindo supressões no texto, o que pode desidratar o impacto fiscal da medida.

Até agora, a economia projetada em dez anos com as mudanças é calculada pelo governo em R$ 800 bilhões. O relator da proposta, Tasso Jereissati (PSDB-CE), tenta evitar novas alterações. "Para mim, chegou no limite. Eu vou fazer o possível para que não tenha mais nenhuma mudança", declarou o tucano na última terça-feira, 8.

A expectativa que ampara a confiança é o acordo para dividir com Estados e municípios os recursos do megaleilão do pré-sal. O projeto sobre a divisão dos repasses deve ser votado na próxima terça-feira, 15.

No dia 22, a CCJ deve realizar uma reunião para ler o relatório de Tasso sobre as novas emendas. O texto seguirá para o plenário na sequência. (Agência Estado)