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André diz que Heitor será lembrado como traidor
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André diz que Heitor será lembrado como traidor

PSL. Guerra local no partido
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Deputado doou R$ 22 reais na vaquinha mobilizada por apoiadores de Bolsonaro (Foto: Mauri Melo)
Foto: Mauri Melo Deputado doou R$ 22 reais na vaquinha mobilizada por apoiadores de Bolsonaro

A crise nacional pela qual passa o PSL se aprofunda no âmbito estadual, que já era de divisão interna. O deputado estadual André Fernandes (PSL) se soma ao coro do colega de Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), Delegado Cavalcante (PSL), contra o deputado federal Heitor Freire (PSL).

Ele e um assessor de Cavalcante, que se recupera de cirurgia ocular, estarão em Brasília na próxima semana, provavelmente na próxima segunda-feira, 21, para dar entrada com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Heitor Freire, presidente do PSL no Ceará.

Eles querem que a autoria do vazamento de conversa telefônica na qual participa Bolsonaro seja apurado. Cavalcante afirma que a divulgação indevida macula a imagem do presidente. Para Fernandes, não resta dúvidas de que foi Freire a vazar áudio da conversa com o presidente. Na ligação, se debatia a liderança do PSL na Câmara dos Deputados. A intenção do presidente era retirar o deputado Delegado Waldir (GO) do posto, substitui-lo por Eduardo Bolsonaro (SP).

"O áudio é incontestável! Se analisarmos, percebemos que ele ativou o viva voz do celular, e gravou! Talvez para ganhar dinheiro ou a confiança do Bivar. Não sei! Agora, ele mostrou a que partido pertence e será lembrado na história como o traidor de Bolsonaro", respondeu Fernandes.

O POVO entrou em contato com a assessoria de Freire em busca de respostas a respeito da investida dos deputados estaduais, mas ainda não obteve resposta. Em nota emitida nessa quinta-feira, 17, Freire afirma ter conversado com o presidente, mas nega ter divulgado o diálogo. Destaca, inclusive, que quer investigação sobre o caso.

Fernandes descarta possibilidade de os sucessivos embates partidários, nacionais e locais, gerarem impactos eleitorais negativos. Diz que o capital político segue intacto, já que começou "a candidatura apoiando Bolsonaro" e, caso seja expulso da legenda, como pretende Freire — Fernandes já foi notificado pelo Conselho de Ética do PSL —, seguirá fiel ao bolsonarismo.

"Meu eleitorado está apoiando ainda mais, pois eles já entenderam que partido não é importante e sim a luta pelo povo", pontua. (Carlos Holanda)

 

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