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Se julgamento não acabar hoje, continua em novembro
Politica

Se julgamento não acabar hoje, continua em novembro

Segundo Toffoli
Edição Impressa
Tipo Notícia

Depois de três sessões plenárias dedicadas ao tema, o Supremo Tribunal Federal corre o risco de não concluir o julgamento nesta quinta-feira, empurrando o resultado apenas para o início de novembro. A corte não se reunirá na próxima semana, conforme calendário fechado pelo ministro Dias Toffoli no fim do ano passado.

Toffoli fez apelo a colegas para encurtarem votos, mas ao fim da sessão desta quarta-feira, assegurou que "cada qual dos ministros terá o tempo que entender necessário" para expor seu ponto de vista. Um dos receios é que a demora abra espaço para o surgimento de novas mobilizações e mais pressões contra a Corte.

"Em relação ao julgamento, eu tenho seguido todos os horários regimentais e assim será. Não convocarei nenhuma sessão extraordinária em nenhum momento, isso seguirá de acordo com as sessões previamente agendadas quando eu soltei o calendário", explicou Toffoli. "Se não terminar amanhã, continua só em novembro", informou o ministro.

O STF tem sofrido pressões para não derrubar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A intimidação mais agressiva vem de caminhoneiros bolsonaristas, que gravaram vídeos ameaçando novas paralisações caso Lula saia da prisão. Houve ligações a gabinetes e mensagens ofensivas por e-mail.

O decano do STF, ministro Celso de Mello, criticou ontem "pressões ilegítimas" sobre o tribunal e "surtos autoritários" que surgem da atuação "sinistra de delinquentes" que vivem no "submundo digital".

"O País vive um momento extremamente delicado, pois de sua trajetória emergem, como espectros ameaçadores, surtos autoritários e manifestações de grave intolerância que dividem a sociedade civil, agravados pela atuação sinistra de delinquentes que vivem na atmosfera sombria do submundo digital", disse Celso. (Agência Estado)

 

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