Após ter tido projeto de lei sobre liberdade de ensino aos professores vinculado a notícias fraudulentas, envolvendo a "ideologia de gênero", o vereador Evaldo Lima (PCdoB) reagiu. Na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), com resolução do Conselho Municipal de Educação em mãos, o parlamentar argumentou que o documento é fruto de construção de pessoas envolvidas na área.
Lima foi alvo inclusive de colegas de Parlamento, como Priscila Costa (PRTB) e Jorge Pinheiro (DC). Conforme noticiado por O POVO, Priscila destacou que Pinheiro tentou emplacar emenda ao projeto, proibindo o ensino da "ideologia de gênero" nas escolas. Como não conseguiu aprovar a contribuição ao texto, a conclusão de Priscila foi de que o projeto encoraja este tipo de ensino.
"O projeto tem o objetivo de proteger o professor em relação a dano moral, patrimonial, lesão corporal e doenças psicológicas e aí estabelece os fundamentos essenciais da proteção ao professor", explicou.
Um dos pontos da redação, artigo 4º, proíbe o uso de celulares para filmar o professor em aula a fim de publicar vídeos, "salvo em caso de boa-fé induvidosa." Ele justifica o tópico citando o "avanço da extrema-direita" no País.
Ainda durante exposição, ele agradeceu ao serviço de checagem do O POVO que, no último dia 25, destacou ser falsa a associação do projeto à "ideologia de gênero". Ele não citou os dois vereadores, mas, indiretamente, os definiu como parlamentares que não tem compromisso com a verdade. (Carlos Holanda)