Um recado que espero tranquilizador para o deputado André Fernandes, diante do gesto de descontrole de ontem na Assembleia: não, deputado, não há aqui qualquer energia especial desenvolvida para persegui-lo ou que pretenda lançar foco negativo sobre aquilo que o senhor entende que representa hoje dentro da política estadual.
Tratá-lo como fenômeno eleitoral, o que fazemos desde quando o seu nome surgiu entre os eleitos com extraordinários 109 mil votos, é um reconhecimento jornalístico que não nos causa qualquer emoção extra. É fato. Fora isso, O POVO, para o bem ou para o mal, não aplica padrão extra ao acompanhamento de sua atividade parlamentar, ao contrário, fazemo-lo na mesma linha oferecida aos 45 outros deputados da atual legislatura.
O recomendável, agora que o senhor está fechando o primeiro ano de mandato, neófito que é na política, é que faça uma boa avaliação sobre o que aconteceu e deu resultado no período e, com especialidade, que se dedique a uma conveniente reflexão sobre erros e falhas. Os pontos negativos prevalecerão no seu caso, mas, reforço, seja rigoroso na análise e se convencerá de que a situação tem mais a ver com o comportamento que adotou como parlamentar do que exatamente com a forma como suas ações foram noticiadas, especialmente pelo O POVO, considerada a opção por sugerir algo como uma imaginosa campanha de perseguição da nossa parte.
Há pela frente ainda três anos de mandato e tempo bastante para o senhor fazer as correções de rumo que ele exige. A dúvida, que me dou o direito de alimentar com o pessimismo pessoal, é se há disposição para efetivá-las.