Em olhar retrospectivo, o governador Camilo Santana (PT) afirma que este foi um ano desafiador em função das duas crises de segurança pública nas quais o Estado se viu submerso. A primeira onda de ataques, de janeiro a fevereiro, contabilizou mais de 200 ataques. A segunda, em setembro, durou dez dias. Indagado, não responde se considera este o mais dificultoso dentre os cinco anos à frente do Palácio da Abolição.
"Acho que foi um ano desafiador, principalmente pelo ponto que você colocou, que foi o enfrentamento à reação do crime organizado por conta da intervenção no sistema prisional, mas os resultados têm mostrado que estamos no caminho certo. Estamos caminhando, não tenho dúvida, para ser modelo no sistema prisional, isso tem tido reflexo importante na redução dos indicadores de violência', disse o governador.
O petista ressalta que, embora o partido dele faça oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é necessário transitar institucionalmente no Planalto. "Temos responsabilidades, eu enquanto governador, ele enquanto presidente."
O Fórum de Governadores do Nordeste existiria mesmo que o presidente fosse outro, já que a relação entre os nove chefe de Executivos já estava se consolidando e a Região é historicamente esquecida, sublinha Camilo. "Nos fortalece enquanto povo nordestino, enquanto defensores da Região. Essa ação foi importante para dar visibilidade ao Nordeste, dar força, nos unir", finalizou.