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Insatisfação vem de "agentes pontuais", diz líder do governo
Politica

Insatisfação vem de "agentes pontuais", diz líder do governo

Júlio César. Discussões.
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Tipo Notícia

O deputado Júlio César Filho (Cidadania), líder do governo na Assembleia Legislativa, entende que a repercussão negativa do anúncio do pacote de reestruturação da carreira de policiais resume-se a "a agentes pontuais", que promovem tensionamento do debate sobre o reajuste salarial a fim de tirar proveito político em ano eleitoral.

Ele criticou conduta de alguns agentes insatisfeitos com o reajuste, que têm aproveitado as redes sociais para realizar críticas ao governo de Camilo Santana, o que denotaria desrespeito à legislação militar. "Policial fardado falando coisas sérias contra o maior chefe do Poder Executivo. Nós temos que ter limites. Não podemos deixar a população cearense refém de disputas políticas", afirmou o deputado.

A determinação de Camilo, conforme o líder, é de que deputados dialoguem com a categoria durante todo o processo de tramitação da proposta, que deverá entrar na Casa ainda em fevereiro. É neste contexto que emendas à proposta poderão ser aprovadas. "Queremos colocar para longe qualquer iniciativa que possa tensionar a relação, querendo levar a segurança pública para a politicagem", insistiu outra vez.

Ele se mostra positivo com a reestruturação salarial. E frisou que a proposta terá impacto de R$ 440 milhões até 2022. Questionado se há brecha para que o Abolição ceda em alguns pontos, o parlamentar disse sim. "Estamos abertos ao diálogo, tanto para receber população em geral, como também várias entidades representativas, como os servidores da Segurança Pública."

Indagado outra vez sobre possibilidade de concessões no processo de discussão sem impacto fiscal negativo, César Filho destacou que o Executivo já está cedendo R$ 440 milhões. "Não existe isso em nenhum estado do Brasil. Nenhum estado do Brasil está dando melhorias aos seus servidores", defendeu.

Vice-presidente da Casa, Fernando Santana (PT) salientou que a Assembleia é a "casa do povo" e os policiais serão sempre bem-vindos. "Vamos receber bem quem vier, vamos dialogar e ouvir", ele disse. O petista sustenta que a grande maioria da corporação está satisfeita com a gestão de Camilo. Assim como César Filho, Santana levantou a possibilidade de o protesto ser usado para fins políticos. "Não estou dizendo que estão, estou dizendo que poderão", ponderou o deputado. (Carlos Holanda)

 

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