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Wagner diz que Governo distorce dados, mas lideranças não apoiam greve
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Wagner diz que Governo distorce dados, mas lideranças não apoiam greve

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O deputado federal Capitão Wagner (Pros), presente na primeira rodada de negociações para construção de proposta salarial para policias militares e bombeiros, afirmou ontem que o Governo do Ceará apresentou dados distorcidos e que, até agora, não abriu os números para que entidades representativas construam contraproposta a ser apresentada no processo de discussão. O ponto foi questionado por ele e pelo deputado estadual Soldado Noelio (Pros) durante a reunião.

Em comparação com a greve da categoria ocorrida em 2011 e 2012, o Wagner afirmou que, hoje, a insatisfação no "seio da tropa" é mais visível e as lideranças — como ele — não simpatizam com a ideia. "Se o Governo não tomar atitude no sentido de abrir estes dados, permitir que sejam apresentadas sugestões, vai acontecer algum movimento sem que lideranças puxem", frisou o pré-candidato a prefeito de Fortaleza, adicionando que ele e Noelio empreendem esforços no sentido de controlar o ânimo dos agentes de segurança.

Durante o protesto ocorrido na última quinta-feira, 6, nos arredores da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), manifestantes gritaram por paralisação mesmo após anúncio de Noelio e do vereador Sargento Reginauro (sem partido) sobre os compromissos firmados pelo governador Camilo Santana (PT). Dentre eles a diminuição do número de parcelas do reajuste, com garantia de que a primeira, em março, tenha impacto positivo no salário, e a não punição a quem se manifestou criticamente aos novos salários anunciados.

O titular da Secretaria de Segurança Pública (SSPDS), André Costa, avalia que "tudo é discutível" na fase de negociações iniciada ontem. "Espero que com o diálogo estabelecido entre todos e a gente analisando os interesses do servidor, analisando também a situação do Estado, a situação fiscal, a gente consiga chegar nos melhores termos", disse André.

Sobre o teto do reajuste que será aplicado até 2022 ser de R$ 440 milhões, conforme inicialmente anunciado pela administração estadual, ou ser elevado, de acordo com a reivindicação dos agentes, Costa respondeu que este é um dos tópicos de discussão. "A gente está trabalhando para manter o diálogo, para que todos estejam dispostos a construir proposta interessante para a categoria e que não prejudique as contas do Estado", reafirmou ao ser questionado sobre possibilidade de greve policial. (Carlos Holanda e Henrique Araújo)

 

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