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Janela partidária desafia base e oposição na Câmara Municipal
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Janela partidária desafia base e oposição na Câmara Municipal

| Migração | Candidatos enfrentam novos fluxos de escolha após fim formação de coligação entre legendas para as eleições proporcionais
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VEREADORES se mobilizam para troca de partidos com abertura da janela (Foto: Érika Fonseca/Divulgação CMFor)
Foto: Érika Fonseca/Divulgação CMFor VEREADORES se mobilizam para troca de partidos com abertura da janela

A partir de hoje passa a estar aberta a "janela" de pouco mais de um mês que permite a candidatos trocarem de partidos sem sofrer punições da Justiça Eleitoral. Enquanto isso, as legendas tentam se adequar às novas regras para o pleito de outubro e já começam a perceber, mesmo em clima de indefinição, novos fluxos para a escolha de filiados.

Com o fim das coligações partidárias, diversos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) migraram para o PDT, sigla que detém maior bancada da Casa: 11 parlamentares. Segundo Iraguassú Filho (PDT), o partido do prefeito Roberto Cláudio mantém um diálogo "cuidadoso e tranquilo com aliados". "Muitos vereadores têm procurado o PDT sondando a perspectiva de ser aceito. O partido pretende aceitar todos que queiram vir, mas com todo respeito àquelas pessoas que estão em partidos aliados" ressalta.

O partido da base do prefeito deve ser um dos que mais receberá novos filiados dentro da CMFor. Iraguassú complementa que a legenda disputará a eleição com chapa completa buscará formar uma "bancada forte" de até 15 vereadores. A demanda é um desafio para legenda, que investirá na qualificação dos futuros integrantes, com preferências àqueles que estão em partidos aliados. "Têm também convergência de ideias com que a gente pensa" afirma o vereador.

O fim das coligações partidárias tem produzido como consequência o fato de que candidatos que tiveram boas votações nas últimas eleições - de 6 mil a 8 mil votos - estejam com dificuldade de movimentação em outros partidos. "Existem grupos que não aceitam pessoas que têm mandato ou que já tiveram uma votação satisfatória. Tem um grupo aí de pequeno e médio porte que não aceita sequer parente de vereador" explica o pedetista.

Na tarde da última terça-feira, 3, Roberto Cláudio reuniu a bancada do PDT para discutir as eleições. Com a presença dos 11 vereadores do partido e por parte dos aliados, a reunião ainda não chegou a uma definição concreta. Segundo Iraguassú, uma próxima reunião que promete encaminhamentos mais conclusivos está marcada para o dia 26 de março.

Partido de oposição, o Pros do pré-candidato à Prefeitura Capitão Wagner projeta ir com chapa completa para as eleições. Para o vereador Márcio Martins, o objetivo da sigla é sair do pleito com entre quatro e sete vagas no Legislativo Municipal, e com eleitos que "tenham uma relação de compromisso e ideológica" com o partido.

"Não fazemos esse máximo ou mínimo. Buscamos pessoas que tenham como oposição o grupo político dos Ferreira Gomes, uma bandeira que a gente encabeça no Estado", aponta Martins, destacando ainda o papel de outros partidos que vão apoiar Wagner no pleito. "Aqueles que não conseguirem ficar no Pros terão seu espaço no Podemos, PSC, PMB, Republicanos ou PMN. vamos marchar juntos com 10 partidos" afirmou.

 

Oposição estuda efeito pós-paralisação para Wagner

Um possível efeito do motim de policiais militares em fevereiro na popularidade de Capitão Wagner, pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, pode comprometer a negociação para futuras filiações aos Pros em vistas para as eleições deste ano. Mesmo não estando tão claro o impacto nas eleições como foi na outra mobilização de 2011/2012, a legenda de oposição já analisa os riscos da relação com o ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante) e outros parlamentares envolvidos diretamente com a paralisação dos militares.

"Infelizmente, as pessoas estão sendo induzidas ao erro. Existe uma força da máquina tentando distorcer a situação da greve. Estivemos com 45% do votos nas pesquisas que foram feitas. Querem dizer que ele (Wagner) foi o líder dessa greve, mas esse foi muito claro. O Cabo Sabino, que desde 2018 não tem ligações políticas com o Wagner" declarou.

Wagner esteve junto ao deputado estadual Soldado Noelio (Pros) e ao vereador Sargento Reginauro (sem partido, mas em vias de migração ao Pros) nas negociações durante a paralisação de policiais militares no Ceará. Após acordo com a comissão especial formada por membros dos três poderes no Estado, os grupos de PMs amotinados no 18º Batalhão da PM votaram por terminar o movimento na noite do último domingo, 1, após 13 dias de paralisação.

A proximidade de Wagner com as lideranças dos motins, a participação dele nas negociações de reajuste e o Boletim de Ocorrência (BO) registrado contra o senador licenciado Cid Gomes (PDT) - por tentativa de homicídio em Sobral no episódio da retroescavadeira que culminou em dois disparos por arma de fogo contra o ex-governador - tem acirrado os embates com a base de Roberto Cláudio na Câmara.

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Prazo da janela

Os partidos têm até 12/4 para enviar, pela Internet, as relações atualizadas dos filiados à Justiça Eleitoral. As listas devem conter a data de filiação e os números dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados às legendas estiverem inscritos

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