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Processo de impeachment divide opinião de brasileiros
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Processo de impeachment divide opinião de brasileiros

Câmara. Julgamento político
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Nova rodada da pesquisa Datafolha mostrou ontem que um eventual pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divide os brasileiros.

Segundo a pesquisa, 45% aprovam que a Câmara dos Deputados abra um processo de afastamento do mandatário a partir das denúncias do ex-ministro Sergio Moro. Um percentual de 48% rejeita a proposta. Não sabem opinar 6%. A sondagem ouviu 1.503 pessoas por telefone. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Na sexta-feira, 24, Moro acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. Apenas ontem, outros três pedidos de impeachment foram apresentados. Ao todo, repousam na gaveta de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Casa, 30 processos protocolados scom igual teor.

De acordo com o Datafolha, porém, cresceu o número de pessoas que desejam que Bolsonaro renuncie ao cargo. No começo do mês, eram 37%. Agora são 46% favoráveis a uma renúncia. Os contrários ao afastamento são 50% hoje, nove pontos a menos do que na consulta feita de 1º a 3 de abril.

O presidente, todavia, mantém apoio estável de uma faixa do eleitorado. Neste momento, 38% dos brasileiros o consideram ruim ou péssimo e 33% o avaliam como bom ou ótimo.

A rejeição ao chefe do Executivo continua maior no Nordeste, com 43%, enquanto no País são 41%. O presidente é mais bem acolhido por eleitores do Norte/Centro-Oeste, onde obtém 41% de aprovação.

O Datafolha também perguntou sobre quem falava a verdade no caso das denúncias recentes, se Moro ou Bolsonaro. Para 52%, o ex-ministro é quem fala a verdade, contra 20% que acreditam no presidente, 6% que não acreditam em nenhum dos dois e 3%, que acham que os dois estão certos. Não souberam responder 19%.

Outra pesquisa de ontem, divulgada mais cedo pelo jornal El País e realizada pelo Atlas Político mostra a maioria dos entrevistados (54%), favorável a um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Desde fevereiro, a aprovação do Governo vinha em queda diante da crise do coronavírus e do baixo desempenho econômico. Porém, a demissão do ministro mais popular de Bolsonaro afetou diretamente seu capital político: 64,4% responderam que desaprovam seu desempenho enquanto 30% o aprovam. (das agências)

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