Procurado por O POVO para esclarecimentos sobre as acusações, Delegado Cavalcante respondeu que não reconhece a autoria do compartilhamento de mensagens contra o presidente do Supremo Dias Toffoli em grupo de WhatsApp intitulado "Fortaleza Sem Corrupção." "Ele (Heitor Freire) vai levar tanto processo agora para ele criar vergonha. (...) Ele vai ver o que é bom pra tosse", sentenciou.
Sobre mensagem anti-Tofolli, ele disse que "isso é armação, eles são capazes de fazer isso, viu? Tenho certeza de que não fui eu." Ele acredita que se trata de uma montagem. Questionado sobre o aumento dos valores relativos a gastos parlamentares com passagens aéreas, o bolsonarista afirmou que são para que ele e o auxiliares possam ir a Brasília discutir projetos, participar de reuniões.
Indagado sobre que reuniões participam os assessores, Cavalcante disse que teve duas audiências oficiais nos ministérios da Justiça e da Agricultura. "Muitos funcionários meus foram para Brasília a serviço. A serviço do meu gabinete. Ninguém vai se divertir."
Matéria veiculada pelo Estadão ontem também irritou Cavalcante. O deputado reproduz discurso de Bolsonaro e diz que o Gabinete do Ódio é ficção. A publicação paulista menciona a atuação das assessoras Jessely Duarte, Manuela Melo e Alex Melo, este ex-assessor, na produção de fake news, sobretudo contra Ciro e Cid Gomes, e participação dos auxiliares em atividades para criação do partido Aliança pelo Brasil, portanto não condizentes com o mandato.
Em nota e em live, Cavalcante alegou que a reportagem, "deturpada", será alvo de "providências no âmbito cível e criminal", bem como todos que a replicaram. André Fernandes foi procurado às 21h06min por meio da equipe de assessoria, que informou que iria acioná-lo, mas não deu retorno conclusivo até o fechamento deste página.