Presidente do PSL no Ceará e deputado federal, Heitor Freire afirma que quer que a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz aponte para uma explicação do envolvimento do policial militar da reserva com a família Bolsonaro.

"Vejo a prisão do Queiroz como um reflexo da nova política pós-Lava Jato", disse o parlamentar. Para ele, hoje "a transparência tem sido muito cobrada pela sociedade". E acrescentou: "Assim como todos os brasileiros, eu quero que isso ajude a esclarecer os fatos".

À frente do partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018, Heitor Freire já foi mais próximo do presidente. Hoje, o deputado é testemunha no inquérito das fake news, investigação no Supremo que tenta desmontar a rede de disseminação de notícias falsas ligada a apoiadores do chefe do Executivo.

Sobre o caso Queiroz e o potencial de dano para o Governo, o deputado diz: "Eu acredito muito na isenção das nossas polícias. São instituições as quais eu respeito muito. Toda essa questão está em fase de investigação e creio que esse é mais um capítulo para que, enfim, tudo seja esclarecido".

Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, o também deputado federal José Guimarães avalia que o "Brasil anoitece aliviado" depois da prisão do ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente.

De acordo com o petista, "vivemos uma tripla crise: sanitária, política e econômica", e que "Bolsonaro precisa ser interditado, não pode continuar". Segundo o parlamentar, para quem o processo de impeachment é inevitável, o chefe do Executivo "não reúne condições de governar". (Henrique Araújo)