Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho prevê que o governo Bolsonaro terá investido R$ 5 bilhões até o fim do mandato nas obras da transposição das águas do rio São Francisco.
Apenas neste ano, projeta Marinho, é mais R$ 1,8 bi, contra R$ 1,3 bi empregado na execução dos trabalhos no ano passado.
O presidente visitou ontem o Ceará para entregar o eixo norte da transposição, cujo andamento está em 97% - o mesmo percentual desde o fim de 2018, quando terminou a gestão de Michel Temer (MDB).
As obras começaram em 2007, com o ex-presidente Lula, e passaram também por Dilma Rousseff (PT) e o emedebista, que assumiu o Planalto com o afastamento da petista.
Segundo Marinho, "esse momento tem não só significado simbólico, e a vinda do presidente aqui mostra a relevância desse fato". O ministro acrescenta: "Nós estamos vivendo um momento de pandemia, mas o Brasil não pode e nem vai parar".
Inicialmente prevista para custar R$ 4,5 bilhões, a obra da transposição deve consumir até R$ 12 bilhões quando for concluída. A intervenção consiste na captação de recursos do São Francisco e seu escoamento por meio de quase 500 quilômetros de canais, que funcionam por bombeamento.
O eixo norte, por exemplo, entregue ontem pelo presidente, beneficiará ao todo 4,5 milhões de pessoas diretamente apenas na Região Metropolitana de Fortaleza - ao todo, serão 7,5 milhões de beneficiados com o eixo norte.
A partir do reservatório de Jati, as águas do rio seguem por canais até o Cinturão das Águas. O prazo analisado para que o fluxo atinja o equipamento é de dois meses. Depois disso, os recursos são encaminhados para açudes, até chegar ao Castanhão.
Vital para o semiárido, principalmente para os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, trechos diferentes das obras já foram inaugurados por Dilma, Temer e, agora, por Bolsonaro.
(Henrique Araújo)