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Mudança cria "cenário mais favorável ao presidente"
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Mudança cria "cenário mais favorável ao presidente"

Diz pesquisador
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Pesquisador e cientista político, Emanuel Freitas, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), avalia que, com o adiamento das eleições para novembro, os papéis vistos durante a pandemia podem se inverter: o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) menos acuado e os governadores, sob pressão.

"Penso que isso tende a criar um cenário mais favorável ao presidente. Muda a perspectiva do Bolsonaro de se colocar como ator importante nestas eleições", projeta. "Com uma certa resistência de popularidade e possível aumento com o pagamento do auxílio emergencial, muda a forma como deve se colocar na disputa."

Freitas lê o cenário da seguinte maneira: quanto mais distante do pico da pandemia e de seus efeitos negativos, melhor para o presidente.

"Em novembro teremos menos pandemia e menos desgaste. O desgaste maior em relação ao coronavírus para ele já passou, foi na época da demissão do Mandetta", frisa.

Para os governadores e candidaturas associadas aos gestores estaduais, todavia, os problemas vão estar apenas começando. "Talvez tenhamos desgastes que virão do lockdown, queda na arrecadação e possíveis escândalos, e isso também muda a posição de candidatos de oposição ao presidente", analisa. (Henrique Araújo)

 

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