O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou querer alavancar agenda de reformas quando o período de instabilidades gerados pela pandemia passar. Uma delas conteria a criação de novo tributo sobre transações, modelo semelhante ao da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com a diferença de que se aplicaria às transferências online.

Guedes comentou que é o objetivo "feio", mas não "tão cruel". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já rechaçou a hipótese, assegurando que entre deputados a ideia não prospera. A ideia também já foi recusada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado Federal.

Em dezembro do ano passado, o ministro chegou a afirmar quem falasse em CPMF estaria sumariamente demitido do governo. Na esteira dessa discussão, o então secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, caiu por aventar a recriação do imposto.

Guedes, porém, defende a proposta desde que Jair Bolsonaro era candidato, em 2018. O imposto serviria para custear o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a autarquia que gere a Previdência Social. (Carlos Holanda)