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Promotor avalia que campanha de rua será realidade
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Promotor avalia que campanha de rua será realidade

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Jornalista Guálter George entrevista promotor Emmanuel Girão (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Jornalista Guálter George entrevista promotor Emmanuel Girão

O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Caopel) do Ministério Público do Ceará (MPCE), Emmanuel Girão, projetou o desafio das Eleições 2020 no meio de uma crise sanitária. Em entrevista concedida na manhã de ontem ao programa O POVO em Casa, o promotor afirmou ser possível realizar o pleito em novembro, apesar da pandemia, porque muitas atividades já estão voltando e as pessoas já não estavam respeitando o isolamento.

Sobre o corpo a corpo da campanha nas ruas, característica mais presente nas eleições municipais, ele ressalta que "não só nós teremos, como já está ocorrendo", revelando que há registro de "passeata em município da Região Norte", onde o cenário da pandemia ainda é grave.

Girão considera que a partir do dia 27 de setembro, quando começa a campanha de fato, a frequência dos atos na rua deve aumentar. "Já temos pré-candidato visitando pessoas em suas casas e participando de determinadas ações. Quanto mais próximo do dia da votação, mais gente fará isso", disse.

Sobre possibilidade de prorrogação de mandatos, ventilada durante debate sobre adiamento do pleito, Girão destaca que a proposta violaria a Constituição, a periodicidade do voto e a soberania popular. A PEC, que adiou o primeiro turno do pleito para o dia 15 de novembro e o segundo para duas semanas depois, deixou brecha para que uma nova data seja definida até 27 dezembro no caso de municípios que ainda estejam em situação sanitária crítica por conta da pandemia.

"Com o nosso sistema eleitoral atual, com números absurdos de candidatos, devemos ter 500 mil candidatos nas eleições deste ano, não é indicado que se unifique. Isso poderia acontecer se houvesse uma reforma política para valer, que mudasse o sistema eleitoral. Mas no formato atual é inviável", disse.

Para evitar proliferação do vírus e aglomeração o Tribunal Superior Eleitoral tem estudado série de medidas como a retirada da obrigatoriedade de identificação biométrica (já estabelecida) e a possibilidade de extensão do horário de votação, com faixas específicas para idosos e pessoas do grupo de risco, por exemplo.

 

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