O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa deverá avaliar com calma a medida provisória que o governo irá editar para prorrogar e alterar o valor do auxílio emergencial, como anunciado ontem pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
"Devemos trabalhar essa medida provisória com todo cuidado para que a gente possa atender de fato os mais vulneráveis sem dar uma sinalização de descontrole na administração da dívida pública brasileira", afirmou Maia ontem.
"Acho importante o governo ter tomado a decisão de encaminhar aquilo que o governo e sua equipe econômica considera possível. Vamos avaliar os encaminhamentos, as propostas, o debate, mas acho que temos de ter muito cuidado e cautela neste momento. O auxílio é muito importante até por isso foi decidido prorrogar", disse.
Parlamentares da oposição criticaram a redução do valor das quatro parcelas adicionais do auxílio emergencial, de R$ 300 cada, segundo anunciado ontem pelo governo. Para deputados e senadores, a ajuda deveria, sim, ser prorrogada — mas mantendo o valor de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mulheres chefes de família).
Para o deputado federal e líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a medida significa "um duro golpe para as famílias que precisam da sustentação e proteção do Estado". "O auxílio estava movimentando a economia local, o comércio e as mercearias, por isso a economia respirou um pouco em 2020. Vai afetar a vida humana, a vida das pessoas que precisam desse auxílio. Vamos lutar até o último minuto para alterar a medida provisória e garantir os 600 reais até o final de 2020", defendeu. (com agências)