O número exato de candidatos que vão disputar vagas de prefeito, vice-prefeito e vereador ainda nem foi fechado pela Justiça Eleitoral, mas já é o a maior desde 2000, quando a votação no país foi 100% eletrônica pela primeira vez. Até as 20 horas de ontem, o portal lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já registrava 547.345 solicitações. O recorde anterior havia sido em 2016, com 496.887 candidatos.
No Ceará, haviam sido registradas até a noite desta segunda-feira, 15.368 candidaturas. Dessas são 14.771 para vereador e 597 para prefeito nos 184 municípios do Estado.
No último sábado, 26, terminou o prazo para que partidos políticos e coligações solicitassem à Justiça Eleitoral os registros. Somente interessados em ocupar uma cadeira em uma das câmaras municipais do País somam 508.983 inscritos. Na pesquisa por candidatos a comandar prefeituras dos 5.570 municípios são mais 19.161 interessados.
O fim das coligações para eleições proporcionais, aprovado pelo Congresso em 2017, que será aplicada pela primeira vez nas eleições deste ano, é a responsável pelo aumento. A mudança na regra fez com que um candidato que queira disputar como vereador, só possa participar do pleito na chapa única do partido ao qual ele é filiado. Antes, uma chapa tinha candidatos de partidos distintos.
Para aumentar as chances de voto e conseguir cadeiras nas câmaras municipais, as legendas estão lançando mais candidatos. É que em uma eleição proporcional, como é para vereador, as vagas são do partido e não do candidato. Na prática, ao votar para em um nome para esse cargo, o eleitor na verdade está escolhendo um integrante daquela legenda. O cálculo de quem vai ocupar a cadeira é feito em cima do quociente eleitoral. Com base nesse cálculo é que cada partido saberá quantos votos serão necessários para conquistar uma vaga.