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Horário eleitoral volta com trocas de ataques entre candidatos
Politica

Horário eleitoral volta com trocas de ataques entre candidatos

| Eleições 2020 | José Sarto (PDT) começa a usar imagem de Camilo Santana (PT) na propaganda eleitoral do 2º turno, enquanto Wagner sobe o tom contra o pedetista
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O primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita do segundo turno, ontem, trouxe mudanças em relação ao que se viu no rádio e na televisão durante o primeiro turno. José Sarto (PDT) e Capitão Wagner (Pros) adotaram estratégias diferentes. Enquanto o pedetista pode usar pela primeira vez o governador Camilo Santana (PT) no programa, o candidato republicano se defendeu de ataques e subiu o tom com o adversário.

As presenças do atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) e de Camilo Santana no programa eleitoral marcam uma postura alinhada à que vinha sendo pregada pelo pedetista, que sempre fez questão de destacar suas ligações políticas durante a campanha.

O governador, que já teve sua imagem utilizada pelo horário eleitoral de Luizianne Lins (PT), agora consolida a sua "nova" parceria. "Vamos juntos e de mãos dadas com Sarto. Precisamos evitar o retrocesso, o despreparo e a intolerância na nossa Fortaleza", afirma Camilo.

Já Capitão Wagner, que agora possui o mesmo tempo de programa que seu adversário, aproveitou os cinco minutos para se defender e atacar Sarto. "Mexeu, agora aguenta", retrucou. O candidato fez questão de destacar, mais uma vez, que não possui padrinhos políticos.

"O lado de lá pode espernear à vontade, mas eles sabem que sou independente. Bora ver quem é pau mandado de quem?", questiona Wagner ao garantir que contrariou Jair Bolsonaro ao não votar a favor da reforma da Previdência, em ação de tentar se distanciar da imagem do presidente. Além disso, Wagner afirmou que Sarto foi favorável à reforma previdenciária estadual e ao aumento do IPVA e ICMS.

Sarto também utilizou seu tempo para esquivar dos ataques feitos por Wagner. "Ninguém constrói o futuro com mentiras. Veja, o candidato do Bolsonaro aqui em Fortaleza está no 'vale tudo' pelo voto. Sabemos que não é com ódio, fake news e distorcendo a verdade que se resolvem os problemas, principalmente na pandemia", aponta.

Wagner, que se intitulou como "pedra no sapato dos Ferreira Gomes", se diz orgulhoso de ter nascido politicamente durante a greve da Polícia Militar, em 2012. "A paralisação foi um ato extremo, pois o governador da época, Cid Gomes, se negava a dialogar. Foram dias de muita angústia, mas vencemos. Uma polícia equipada e motivada significa um serviço melhor. Ali surgiu o Capitão Wagner, com muito orgulho", ressalta.

Ao tocar no assunto do motim, Wagner manteve a linha de defender-se e atacar o grupo adversário. "Jamais incitei qualquer ato de violência. Nem o governador, que hoje me ataca, me apontou na época como líder do movimento, nunca fui processado. Essa história de líder de motim é apenas para me desgastar agora na eleição. Uma mentira repetida mil vezes para se tornar verdade", afirma.

O candidato do Pros ainda exibiu imagens do senador Cid Gomes (PDT) usando uma retroescavadeira contra os policiais amotinados em Sobral, no episódio que resultou no pedetista sendo baleado no peito.

Na propaganda de ontem, Sarto direcionou suas propostas para a área da saúde, com medidas focadas no enfrentamento da pandemia da Covid-19. "Vamos vencer a crise causada pela pandemia com firmeza e somando forças. Vou garantir vacinação para todos, priorizando os servidores da saúde e os públicos de risco. Vou criar centros de acolhimento para quem não pode fazer distanciamento em casa", foram algumas de suas promessas.

Ambos os candidatos agradeceram ao eleitorado pelos votos que receberam, além de fazerem uma avaliação positiva de suas campanhas até o momento.

 

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