Logo O POVO+
Bolsonaro pede apoio do Congresso à pauta do governo na abertura do ano legislativo
Politica

Bolsonaro pede apoio do Congresso à pauta do governo na abertura do ano legislativo

A sessão solene foi tensa. Parlamentares da oposição chamaram o presidente de "genocida" e ele respondeu com ironia, marcando um "encontro para 2022"
Edição Impressa
Tipo Notícia
Jair Bolsonaro cumprimenta Artur Lira (PP), presidente da Câmara, sob as vistas do senador Rodrigo Pacheco (DEM) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Jair Bolsonaro cumprimenta Artur Lira (PP), presidente da Câmara, sob as vistas do senador Rodrigo Pacheco (DEM)

O presidente Jair Bolsonaro participou ontem da sessão solene de abertura do ano legislativo e entregou a mensagem do Poder Executivo ao Congresso Nacional. A cerimônia marca a retomada das atividades parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Antes de entregar a mensagem, Bolsonaro fez um discurso em que elencou realizações do seu governo e também pediu ao Congresso apoio para uma série de pautas, como pacto federativo, reforma administrativa, reforma tributária e agenda de concessões e privatizações.

A sessão de abertura do ano legislativo teve provocações entre o presidente Bolsonaro e integrantes da oposição. Parlamentares contrários ao governo soltaram gritos de "genocida" e "fascista" quando o chefe do Planalto foi chamado para fazer um discurso na cerimônia. Após os gritos, parlamentares da base chegaram a gritar "mito" para o presidente. Bolsonaro, por sua vez, fez uma provocação: "Nos encontramos em 2022", em referência ao período das próximas eleições presidenciais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito no cargo com apoio do Planalto, tentou acalmar os ânimos e pediu respeito. "Não é simplesmente tolerar as divergências, é ter amor às divergências", afirmou Pacheco, fazendo um apelo por pacificação. Ao lado dele, estava o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também apoiado por Bolsonaro. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e o procurador-geral da Justiça, Augusto Aras, participaram e da cerimônia e Bolsonaro usou máscara durante todo o tempo de sua realização.

Em seu discurso, Bolsonaro pediu atenção dos parlamentares, em 2021, para proposições legislativas que tratam de temas como o reordenamento da relação federativa; reforma administrativa; agenda de privatizações e de concessões; a revisão dos subsídios creditícios e gastos tributários; a reforma tributária; o projeto de lei cambial; a modernização do setor elétrico; a partilha dos Campos de óleo e gás; debêntures de infraestrutura, entre outros projetos em tramitação no parlamento", afirmou o presidente.

O presidente também mencionou a execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19. "O governo federal se encontra preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19", afirmou. Até agora, de acordo com painel do Ministério da Saúde, um total de 783.135 doses foram aplicadas em todo país, cerca de 1% do público prioritário, que reúne mais de 77,2 milhões de pessoas.

Bolsonaro também dedicou sua fala para apontar o que considera as principais realizações de seu governo. Ele citou, por exemplo, os 201 projetos de concessão incluídos no Programa de Parceria e Investimentos, a entrega de 374 mil unidades habitacionais, os investimentos federais em saneamento básico, a digitalização de serviços governamentais, a aprovação da lei de falências, a implantação do PIX (sistema de pagamentos instantâneos) e a redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano. (das agências)

 

O que você achou desse conteúdo?