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Templos religiosos viram atividades essenciais em Fortaleza
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Templos religiosos viram atividades essenciais em Fortaleza

Projeto aprovado de última hora irritou Guilherme Sampaio (PT). Autor da matéria, Ronaldo Martins (Republicanos) afirma que fechamento de templos afronta Direitos Humanos
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Proposta é de autoria do vereador Ronaldo Martins, bispo da Igreja Universal (Foto: Érika Fonseca/CMFor)
Foto: Érika Fonseca/CMFor Proposta é de autoria do vereador Ronaldo Martins, bispo da Igreja Universal

Vereadores aprovaram nessa quinta-feira, 18, projeto que insere templos religiosos entre as atividades essenciais em Fortaleza. A matéria teve 27 votos favoráveis e três abstenções.

A proposta foi incluída de maneira repentina na forma de extrapauta, o que irritou o vereador Guilherme Sampaio (PT). O petista argumentou que o texto requer mais tempo de discussão.

"Seria mais prudente, e eu faria um apelo aos colegas vereadores, que nós retirássemos a matéria de pauta, discutíssemos ela com o Governo do Estado que acaba de decretar essas medidas e analisássemos com as autoridades sanitárias", afirmou Sampaio.

De autoria do vereador Ronaldo Martins (Republicanos), o PL aprovado determina que não será permitido o fechamento total de estruturas religiosas durante o período de calamidade pública. O texto ainda precisa ter redação final aprovada.

Na sequência, segue para o crivo do prefeito José Sarto (PDT), que pode sancionar com ou sem vetos.

A aprovação ocorre dentro de um cenário de endurecimento de medidas de contenção da Covid-19. Novo decreto editado na última quarta-feira, 17, pelo governador Camilo Santana (PT) impõe toque de recolher, de 22 horas às 5 horas. Serviços não essenciais funcionam até 20 horas.

"A igreja faz o que muitas vezes o governo não consegue fazer, que é entrar nas comunidades carentes, nos presídios, nos centros de recuperação. A igreja tem dado um suporte emocional e social muito necessário para as famílias", enfatizou Ronaldo Martins, que é bispo da Igreja Universal.

Na justificativa que está no projeto aprovado, ele afirma que o fechamento de igrejas e templos religiosos em situações de calamidade pública "priva pessoas de receberem auxílio espiritual", o que "afronta princípios básicos de Direitos Humanos."

Questionado se a aprovação do projeto foi fruto de acordo para que a bancada evangélica votasse favoravelmente aos textos que mudam as regras do sistema previdenciário dos servidores municipais, o parlamentar negou. (colaborou Filipe Pereira)

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