"É o prejuízo de esperar por vacina e pagar por cloroquina. O Brasil é cheio recursos, talentos e oportunidades, mas com o 'Custo Bolsonaro', a conta não fecha", narra locutor em vídeo de mote "Custo Bolsonaro", que viralizou nessa sexta-feira, 5.
O material fala em tom de crítica e ironia sobre a fuga de empresários e investidores preocupados com um País gerido por um presidente errático e cercado de ministros questionados nacional e internacionalmente, como Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Direitos Humanos).
O #CustoBolsonaro está quebrando o Brasil. Compartilhe com seus amigos, família e colegas. Com esse presidente, a conta só cresce. Não dá mais. pic.twitter.com/7W15uOof92
— ClimaInfo (@ClimaInfoNews) March 4, 2021
Outra peça que nessa sexta também ganhou as redes, o "Bolsocaro", se destinou a denunciar os impactos da gestão do militar nos preços de produtos básicos, como batata, arroz, carne e combustível.
Liquidação do Brasil inteiro. Todo dia é dia de preço alto! Superrado #Bolsocaro pic.twitter.com/CURtIQznvj
— Bruno Torturra (@torturra) March 5, 2021
"Arroz, tão caro que é melhor trocar por macarrão. E a gasolina? Era R$ 2,50 em 2018. Hoje você vai pagar R$ 5,80. E o bujão de gás? Já está R$100. (...) É 'Bolsocaro' demais", anuncia uma voz que simula locução de propaganda de loja de varejo.
Foi um dia de dificuldades para Bolsonaro e, principalmente, para os apoiadores mais fiéis do presidente que já demonstraram força e desenvoltura ao transitar pelo território online.
Os dois conteúdos ganharam força nas redes sociais e mostraram sinais de uma oposição que se esforça para se apropriar das redes sociais como ferramenta de um trabalho cujo objetivo principal é o de minar a imagem do presidente com denúncias.
Até mesmo líderes da esquerda nacional, como Fernando Haddad (PT), reconhecem ver nas redes um desafio. No último dia 27, à Bandeirantes de Minas Gerais (MG), o ex-ministro analisou o tema pela ótica do PT.
"O PT é um partido muito presencial, é um partido de assembleia, é um partido de centro acadêmico, de DCE, de universidade, de igreja, né? As comunidades eclesiais de base, aquelas reuniões, aquela mística, aquela cantoria para iniciar uma fala, um discurso. (...) A migração para as redes sociais não foi natural no PT, não está sendo natural no PT."
Nessa tarefa de difundir uma mensagem anti-Bolsonaro nas redes, se somaram artistas de esquerda como o humorista e ator Gregório Duvivier e a atriz Alice Braga. O vídeo também foi compartilhado no Twitter por diversos políticos, entre eles os irmãos Ciro e Cid Gomes (PDT) e o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Psol, Guilherme Boulos.
Todo dia tem preço alto no Brasil de #Bolsocaro! Nosso povo está pagando a conta desta crise que Bolsonaro agrava! pic.twitter.com/rUdfgHoBN9
— Ciro Gomes (@cirogomes) March 5, 2021
A publicação "Custo Bolsonaro" foi veiculada pela primeira vez no perfil do Instituto ClimaInfo, ONG que atua no combate à desinformação sobre mudanças climáticas.
Em nota publicada na conta de Twitter da organização, os autores do vídeo afirmaram que o material foi produzido por um grupo de cidadãos "inconformados com o prejuízo incalculável" do governo Bolsonaro e que seus autores "preferem manter seus nomes privados", para que o foco fique na mensagem.
"Nossa intenção é apenas resumir e comunicar da maneira mais clara possível algo que entendemos ser urgente para qualquer brasileiro ou brasileira preocupada com o destino político, econômico e social do nosso país", justificam na nota. (com Agência Estado)
Sobre o vídeo #CustoBolsonaro pic.twitter.com/Q4iCuxH69m
— ClimaInfo (@ClimaInfoNews) March 4, 2021