O senador Cid Gomes (PDT) defendeu o aliado Camilo Santana (PT) e a determinação do governador petista de que todo o Estado atravesse dias sob regime de lockdown. Para o ex-governador, "não há outra saída" que não seja por meio da medida. "(...) a solução é o isolamento social rígido", disse ele, por meio de uma rede social.
O argumento de Cid é de que a prática está em linha com acertos internacionais vistos em países como Portugal, Alemanha e Nova Zelândia.
"Respeitar essas medidas", segundo disse, "pode representar a diferença entre a vida e a morte."
Na sequência, o pedetista aproveitou para "bater" na condução da crise a nível nacional, capitaneada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro Eduardo Pazuello. Segundo Cid Gomes, a segunda onda da pandemia está arrasando o País. A prioridade então, para ele, deveria ser a vacinação, mas, "por irresponsabilidade de Bolsonaro, está chegando a conta-gotas."
A gestão de Bolsonaro reorientou o discurso marcadamente negacionista desde o início da crise, apregoando agora que a "arma é vacina", como escreveu Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) numa rede social.
A mudança, também com direito a uso de máscaras, veio logo após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em tom de denúncia, afirmar que o fracasso brasileiro no controle da crise se deve ao comportamento do presidente, que já chegou até mesmo a levantar discurso contra máscaras.
Para o pedetista cearense, Jair Bolsonaro é "essencialmente um covarde". Outro representante cearense no Senado Federal, Tasso Jereissati (PSDB) não havia emitido opinião sobre a medida até o fechamento desta página. O tucano tem sido crítico a Bolsonaro. (Carlos Holanda)