Logo O POVO+
MPCE já recebeu ao menos 157 denúncias de fura-fila
Politica

MPCE já recebeu ao menos 157 denúncias de fura-fila

Denúncias envolvem 34 municípios, entre eles Fortaleza
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Quantidade de vacinas do País é bastante reduzida e alguns tentam furar a fila (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Quantidade de vacinas do País é bastante reduzida e alguns tentam furar a fila

O Ministério Público do Ceará (MPCE) recebeu até esta quinta-feira, 11, pelo menos 90 denúncias que envolvem 34 municípios, entre eles Fortaleza (veja abaixo), referentes a casos de fura-filas da vacinação e falta de transparência nos critérios de prioridade. Essas reclamações foram recebidas por intermédio do e-mail covid19.denuncia@mpce.mp.br. Outro canal para reclamações, a Ouvidoria-Geral do MPCE, recebeu 67 manifestações referentes ao assunto "fura-fila" da vacinação contra a COVID-19. Somados, os números resultam em 157 denúncias.

O órgão reforça que os dados são parciais, pois o e-mail e a Ouvidoria-Geral são dois canais pelos quais essas denúncias chegam. Há ainda o Sistema de Automação da Justiça (SAJ-MP), outro meio possível para realização de denúncias.

O MPCE respondeu então que enviaria ao O POVO um número consolidado acerca dos trabalhos realizados até aqui.

O POVO apurou que até o início da tarde desta quinta-feira eram 59 recomendações encaminhadas para que municípios divulgassem lista de vacinados para acompanhamento da população e dos órgãos de controle.

Em Eusébio e Aquiraz, não citados na lista do MPCE, os prefeitos Acilon Gonçalves (PL) e o filho dele, o gestor Bruno Gonçalves (PL), foram os primeiros a receber os imunizantes.

Os dois alegaram serem médicos e sustentaram que o gesto serviria de exemplo para que mais pessoas buscassem a vacina. Mas os gestos geraram críticas nas redes sociais.

Em Jijoca de Jericoacoara, o prefeito e a secretária de Saúde se tornaram alvo de ação civil pública ingressada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por supostamente furarem a fila da vacinação contra Covid-19. Nos três casos, ainda segundo o MPCE, foram abertos procedimentos para investigação.

Em janeiro, o procurador-geral de Justiça do Ceará, Manuel Pinheiro, determinou que promotores punam cível, administrativa ou criminalmente os que descumprirem ordem por meio da qual se estabeleceu os grupos prioritários de vacinação.

 

O que você achou desse conteúdo?