Os procuradores da República do Ministério Público Federal (MPF) do Ceará ainda não receberam retorno do procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre se a PGR irá ou não abrir investigação contra Jair Bolsonaro (sem partido).
Na passagem pelo Ceará, em 26 de fevereiro, o presidente estimulou aglomerações em volta de si, dispensou uso de máscaras, assim como os ministros que o acompanharam.
Comportamentos que deram a procuradores federais no Ceará o entendimento de que o mandatário cometeu crimes contra a saúde pública.
"Nosso papel é indicar o fato e mandar para ele (Augusto Aras). Quando tomar alguma medida lá, se abrir investigação, se arquivar, vamos ficar sabendo", respondeu ao O POVO, ontem, o procurador da República, Alessander Sales.
O prefeito de Tianguá, Luís Menezes (PSD), argumentou que a realidade adversa se deve não ao presidente, mas aos municípios vizinhos, que demandam a estrutura hospitalar da cidade.
O POVO noticiou a alta da taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) após a passagem de Bolsonaro, 100% ocupada até o último dia 11. "Tá cheio de paciente aqui é porque Viçosa, os prefeitos nunca se preocuparam em montar bom hospital. Ibiapina, Camocim, São Benedito... Quem fez alguma coisa e se preparou para o Covid fui eu." (Carlos Holanda)