Nova rodada de pesquisa da XP/Ipespe sobre a disputa presidencial de 2022 mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecem tecnicamente empatados. No entanto, a simulação demonstra o petista desponta numericamente à frente de Bolsonaro, com 29% das intenções de voto, contra 28% do atual presidente.

No último levantamento realizado pelo instituto, Lula contava com 25% das intenções de voto, contra 27% de Bolsonaro. Ainda segundo a pesquisa, nomes como Sergio Moro (sem partido) e Ciro Gomes (PDT) contam cada um com 9% das intenções de voto.

Em um possível segundo turno, Lula também está numericamente à frente de Bolsonaro, o que lhe garantiria vitória, com 42% das intenções de voto contra 38% de Bolsonaro. Foram realizadas mil entrevistas de abrangência nacional nos dias 29, 30 e 31 de março. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais para o total da amostra.

Ainda ontem, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP), descartou, em entrevista ao O Globo, apoio a uma eventual candidatura de Lula ou de Bolsonaro, e afirmou estar articulando um nome próprio do partido para as eleições de 2022. A decisão se dá, sobretudo, na tentativa de unir setores da legenda que divergem sobre o apoio ao petista e ao presidente.

Rossi falou ainda na possibilidade de apoiar nomes de uma terceira via, como o apresentador Luciano Huck, o governador de São Paulo João Dória (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, caso a sigla não emplaque um candidato próprio. Na análise do dirigente nacional, nomes sem "competitividade à Presidência", como o caso de Henrique Meirelles, candidato pelo MDB em 2018, atrapalham o desempenho do partido nas eleições regionais, ainda que este anseie por apresentar um candidato próprio para o Executivo nacional.

Em relação aos possíveis nomes do partido para o próximo pleito, Rossi afirmou já ter conversado com o ex-presidente Michel Temer, que afastou a possibilidade de entrar na disputa. Ele cita com maior expectativa a senadora Simone Tebet (MS), além dos governadores Renan Filho, de Alagoas, e Ibaneis Rocha, do Distrito Federal.