Em manifestação após anúncio de criação da CPI da Covid nessa terça-feira, 13, o senador Cid Gomes (PDT-CE) elogiou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de fundir os dois requerimentos de criação da comissão.
"O Senado sai engrandecido pela decisão de vossa excelência", afirmou o pedetista durante a sessão, que demarcou a criação do colegiado.
Em seguida, Cid defendeu a CPI ampla, que investigará eventual omissão do Governo Federal e possível mau uso de dinheiro repassado pela União a governos e prefeituras.
"A CPI é mais do que necessária. Não podemos ficar sem respostas, sem investigação sobre as responsabilidades se houverem, e tenho certeza de que há, em relação ao Governo Federal e também naquilo que toca aos recursos federais destinados a estados e municípios", declarou o pedetista.
Integrante de bloco com Cidadania, Rede e PSB, o PDT só teria direito a indicar um integrante para a comissão. O senador foi procurado por meio de assessoria para saber se demonstrou interesse pela vaga, mas não houve retorno.
Dois senadores cearenses farão parte da comissão: Eduardo Girão (Podemos), autor do pedido de CPI para investigar estados e municípios, e Tasso Jereissati (PSDB). O tucano é um dos cotados para assumir a presidência da CPI.
Ao todo, o colegiado será integrado por 11 titulares e sete suplentes. Os partidos têm até dez dias para indicar seus membros, mas parte dessa lista já começou a ser fechada ontem mesmo.
Entre os possíveis titulares, estão Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL), ambos pelo MDB; Otto Alencar (PSD-BA), Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Maior partido do Senado, o MDB pressiona para obter a relatoria ou a presidência da CPI, que ficaria a cargo de Renan Calheiros. Adversário de Bolsonaro, o senador alagoano tem chances baixas de se firmar no posto. (Henrique Araújo)