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Kerry diz que discurso de Bolsonaro na cúpula foi 'muito bom' e surpreendeu
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Kerry diz que discurso de Bolsonaro na cúpula foi 'muito bom' e surpreendeu

Enviado especial do governo americano diz que conferência representa uma união global em torno do reconhecimento da crise climática
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WASHINGTON, DC - 22 DE ABRIL: O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários como Enviado Presidencial Especial para o Clima e ex-Secretário de Estado John Kerry ouve durante uma Cúpula de Líderes sobre o Clima virtual com 40 líderes mundiais na Sala Leste da Casa Branca em 22 de abril de 2021 em Washington, DC. O presidente prometeu reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2030. Al Drago-Pool / Getty Images / AFP (Foto por POOL / GETTY IMAGES AMÉRICA DO NORTE / Getty Images via AFP) (Foto: Al Drago/AFP)
Foto: Al Drago/AFP WASHINGTON, DC - 22 DE ABRIL: O presidente dos EUA, Joe Biden, faz comentários como Enviado Presidencial Especial para o Clima e ex-Secretário de Estado John Kerry ouve durante uma Cúpula de Líderes sobre o Clima virtual com 40 líderes mundiais na Sala Leste da Casa Branca em 22 de abril de 2021 em Washington, DC. O presidente prometeu reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2030. Al Drago-Pool / Getty Images / AFP (Foto por POOL / GETTY IMAGES AMÉRICA DO NORTE / Getty Images via AFP)

O enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, afirmou que os comentários do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Cúpula do Clima nesta quinta-feira, 22, foram "muito bons" e o surpreenderam. Durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca, o conselheiro de Joe Biden também disse que o discurso do mandatário da Rússia, Vladimir Putin, foi "bastante racional".

No evento virtual promovido pelo governo americano, Bolsonaro disse que ouviu o pedido de Biden para adoção de medidas mais firmes de preservação ambiental e se comprometeu a alcançar a neutralidade climática no Brasil até 2050.

Para isso, o líder brasileiro prometeu eliminar o desmatamento ilegal no País até 2030. Ele também voltou a pedir ajuda financeira internacional para a preservação ambiental no Brasil. O chefe do Palácio do Planalto já havia feito a cobrança em carta enviada a Biden na semana passada.

Durante a cúpula, que iniciou nesta quinta com a participação virtual de líderes mundiais, os EUA anunciaram a meta de cortar a emissão de carbono pela metade até o fim desta década. O governo americano anunciou ainda um plano de financiamento internacional voltado à questão climática.

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"União global"

Na coletiva de imprensa, Kerry também disse que a conferência representa uma união global em torno do reconhecimento da crise climática. "Hoje construímos um grande bloco fundamental", afirmou o conselheiro durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca. Para Kerry, os países devem aumentar a ambição de combater a mudança no clima. 

A credibilidade de Washington nas questões ambientais foi "destruída", na visão de Kerry, depois que o país deixou o Acordo de Paris - decisão que foi revertida pelo governo de Joe Biden este ano. Segundo o enviado especial, a atual administração decidiu definir a questão climática como transversal.

A conselheira nacional para o clima, Gina McCarthy, que também participou da coletiva, disse que o governo americano vê "caminhos" em todos os setores para fazer a economia crescer ao mesmo tempo em que o país reduz as emissões de carbono.

De acordo com ela, quando Biden "ouve" sobre o clima, o democrata pensa em criação de empregos. O comentário foi uma referência ao pacote de infraestrutura proposto pelo chefe da Casa Branca, que tem foco em energias renováveis.

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