Logo O POVO+
"Eram marginais que estavam enfrentando a força da ordem", diz Mourão sobre mortes no Jacarezinho
Politica

"Eram marginais que estavam enfrentando a força da ordem", diz Mourão sobre mortes no Jacarezinho

Segundo o vice-presidente, as ações policiais enfrentam hoje "guerrilha urbana fortemente armada", classificados como um "inimigos no país".
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Vice-presidente do Brasil Hamilton Mourão participada de entrevista na rádio O POVO CBN nesta sexta (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Vice-presidente do Brasil Hamilton Mourão participada de entrevista na rádio O POVO CBN nesta sexta

Em entrevista para a Rádio O POVO CBN, nesta sexta-feira, 7, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou a operação da Polícia do Rio de Janeiro realizada no dia anterior na favela do Jacarezinho, que deixou um total de 25 mortos. Entre eles o policial civil André Farias, baleado na cabeça, segundo autoridades. Para Mourão, o embate com o que chamou de "narco-quadrilhas" resultou na morte de pessoas que estavam "enfrentando a força da ordem". 

"Como você tem determinadas áreas da sociedade com grupo armado com armamento de guerra, com granada, com fuzil, e impedindo a ação do Estado lá dentro, consequentemente, a partir daí houve combate de encontro e eu tenho absoluta certeza, não tenho todos os dados disso, que os mortes eram os marginais que estavam lá enfrentando a força da ordem", disse o vice-presidente.

Segundo Mourão, as ações policiais enfrentam hoje uma "guerrilha urbana fortemente armada". "A polícia entrou para cumprir mandados que estavam ligados à exploração de menores pelo tráfico de drogas. Na entrada, o policial recebe um tiro na cabeça de um bandido que estava instalado em cima de uma laje. Isso é a mesma coisa que a gente tivesse combatendo no país um inimigo", diz.

A Operação Exceptis ocorreu a partir das 6 horas da quinta-feira, 6, pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), em conjunto com outras delegacias da Polícia Civil do Rio, com o objetivo de prender 21 acusados de aliciar crianças e adolescentes para o tráfico de drogas na comunidade.

Acesse a cobertura completa do Coronavírus >

Depois da ação que resultou em 25 mortes, o Ministério Público informou que adotou medidas para verificar os fatos, "de modo a permitir a abertura de investigação independente para apuração dos fatos, com a adoção das medidas de responsabilização aplicáveis". Por decisão do Supremo Tribunal Federal, operações policiais no Rio estão restritas durante a pandemia.

O caso teve repercussão internacional. O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação independente. A operação realizada na quinta-feira, na qual helicópteros foram usados, ocorreu em uma longa história de "desproporcional e desnecessário" uso da força pela polícia, disse o porta-voz da ONU para Direitos Humanos Rupert Colville em uma entrevista da organização em Genebra.

 

O que você achou desse conteúdo?