Senador pelo Podemos do Ceará, Eduardo Girão defende que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "deveria fazer como as demais testemunhas que foram à CPI e responder a todas as perguntas".
Pazuello obteve habeas corpus junto ao Supremo que lhe permite manter silêncio durante a tomada de depoimentos.
Para o senador, mesmo com o que considera como "um relator altamente parcial que induz e intimida os depoentes para confirmar o pré-julgamento que ele já fez antes mesmo de começar a CPI", o ex-ministro tinha de ser inquirido sobre todos os temas.
Um dos autores de requerimento de criação da comissão, Girão ainda aguarda que governadores e prefeitos sejam alvo de questionamentos sobre o repasse de verbas federais para o combate à pandemia. "Esperamos que, após o depoimento do ex-ministro, finalmente, a CPI comece a ouvir outras pessoas que possam ajudar na investigação dos bilhões de reais transferidos aos estados e munícipios", projeta.
Girão se queixa de que o assunto esteja sendo "ignorado em uma clara blindagem dos gestores municipais e estaduais" e "que nem mesmo a Polícia Federal e a PGR querem ouvir" (os demais gestores).
"Infelizmente", conclui, "por causa dessa condução tendenciosa, a comissão derreteu a sua credibilidade junto à opinião pública".(HA)