Será em torno da prioridade de fazer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) novamente presidente da República que se desencadeará a tática eleitoral do PT no Ceará, em 2022. Quem diz é o vereador de Fortaleza e presidente da sigla na Capital, Guilherme Sampaio, cuja ação política é de oposição ao pedetismo local, representado pelo prefeito José Sarto.
Tendo essa ideia como ponto de partida, segundo Sampaio, começam a se desenhar os diferentes movimentos. No Ceará, o plano a ser executado será objeto de debate entre o ex-presidente, o governador Camilo Santana (PT) e as instâncias nacional e estadual petistas. E também com os pedetistas, adiciona.
"O presidente Lula tem exercitado um amplo diálogo e, lamentavelmente, no caso do ex-ministro Ciro Gomes, as suas declarações públicas têm sido agressivas, infelizes e até denotam um certo desespero na sua condução como eterno pré-candidato a presidente", critica Guilherme, para quem Ciro se "descredenciou" para liderar o "diálogo que se impõe ao País".
Há um esforço de ambos os lados para que o clima local de união não vá pelos ares com o acirramento nacional, sobretudo com o crescente contraponto de Ciro a Lula.
O pedetista investe contra o que chama de "lulopetismo corrompido", palavras que já viraram jargão em seu discurso, por entender que pode fazer um segundo turno com o líder do PT, eliminando, já na primeira fase, o ultradireitista Jair Bolsonaro. Se levado ao extremo, é um fator que pode dificultar as negociações locais.
Para Guilherme, esse processo de tratativas "até quando é fácil é complexo. Há várias etapas a cumprir daqui até lá."