O governador da Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defendeu que governadores não sejam investigados pela CPI da Covid por supostos desvios de verbas federais durante a crise sanitária. O argumento dele é de que o ambiente para que eventuais apurações ocorram são as assembleias legislativas.
No decorrer de uma das falas, disse não conhecer o senador cearense Eduardo Girão (Podemos), a quem se referiu como "esse senhor". Dino afirmou na estreia do Jogo Político, programa do O POVO, que o Regimento Interno do Senado Federal "é claro" ao mostrar que os congressistas têm de se guiar pelo "princípio federativo".
"Eu sou a favor de qualquer investigação, quem roubou dinheiro público deve ser punido, deve ser preso, enfim, mas não se deve fazer de qualquer jeito, porque depois é anulado."
Ele adicionou que a CPI, às vezes, é espaço para "politicagens regionais". Foi quando disse, em termos genéricos, que se o "senador X não gosta do Camilo", ele vai redobrar o rigor de suas ações no CPI, "aí fica inventando confusão toda hora, se joga no chão". Ele então foi questionado se estava se referindo a Girão.
"Eu não conheço ele, eu não sei quem é, mas se for ele, é ele, porque realmente não conheço. Mas pode ser esse aí. Aí quer pegar o regimento, rasgar, jogar pelo lixo, não pode", disse Dino, "porque depois isso resulta numa questão puramente cênica, num teatro? Isso não é sério."
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Dino seguiu: "Então, eu considero que é importante cumprir as leis, sempre, investigar, sim, mas de acordo com as leis. Existe assembleia legislativa. Se esse senhor que eu não conheço quiser investigar o governador Camilo, melhor se candidatar a deputado estadual na próxima eleição."
De acordo com Dino, nesta terça-feira governadores do Nordeste se reuniram com o presidente do Fundo Soberano da Rússia, Kirill Alexandrovich Dmitriev, e disse ao programa que "eles estão com as vacinas prontas".
"A Anvisa fez 28 exigências num procedimento, nós estamos trabalhando para cumprir, e eles reiteraram que assim que Anvisa considerar cumpridas as 28 exigências - únicas no mundo -, que no mês sete, em julho, devem fazer as remessas", disse em tom crítico.