O prefeito de Aquiraz, Bruno Gonçalves (PL), é um caso de gestor aliado ao governador Camilo Santana (PT) e ao grupo político hegemônico no Ceará, liderado por Ciro e Cid Gomes, que no entanto sofre com a Câmara Municipal.
Ali, um grupo de nove vereadores autodenominado independente, o chamado G-9, fortemente crítico à gestão de Gonçalves, conseguiu instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os feitos do Executivo no decorrer da pandemia.
Nas redes sociais, o presidente do Legislativo, Jair Silva (PP), afirmou que "diversas denúncias ocasionaram o objeto da Comissão, bem como a abertura e oferta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a falta de atendimento e insumos e a desobediência à fila de vacinação."
Este último ponto se refere ao lugar de Bruno Gonçalves na fila de vacinação, o primeiro. Ele foi questionado se prefeitos tinham prioridade, também, na fila de vacinação, ao que respondeu que atua como médico (ginecologia e obstetrícia), motivo pelo qual foi imunizado. Adicionou também que o gesto também teve o intuito de incentivar as pessoas a se imunizarem.
Gonçalves afirmou em nota ao O POVO que a CPI é um movimento que caracteriza "manobra política" dos parlamentares. No início da gestão, os vereadores elevaram para R$ 500, em quatro parcelas, uma proposta de auxílio emergencial enviada na forma de duas parcelas de R$ 250. (Carlos Holanda)